Por Nayara Figueiredo
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações brasileiras de café verde alcançaram 191,4 mil toneladas em agosto, alta de 1,3% ante igual período de 2019, enquanto os embarques de milho baixaram 11,4% para 6,48 milhões de toneladas, conforme dados do governo federal divulgados nesta terça-feira.
As maiores vendas externas de café verde --que somaram o equivalente a 3,19 milhões de sacas de 60 kg-- foram registradas em momento em que o país está finalizando a colheita de uma grande safra.
Já o milho marcou recuo nos embarques apesar do avanço no período de colheita da segunda safra do cereal, a maior do país para a cultura, e de melhora na produtividade média nacional da chamada "safrinha".
As exportações de açúcar mais que dobraram em agosto para 3,47 milhões de toneladas, ante 1,59 milhão um ano antes, informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em meio a um cenário de aumento de produção do adoçante, firme demanda e preços atrativos.
Na soja, os embarques do mês passado atingiram 6,2 milhões de toneladas, ante 5 milhões no comparativo anual.
Com vendas em patamar recorde ao longo do ano e as compras da China ainda aquecidas, estima-se que a indústria nacional seja obrigada a importar cerca de 1 milhão de toneladas da oleaginosa para complementar a oferta até o fim de 2020.
Outro destaque foi verificado no mercado de algodão, cujas vendas externas passaram de 45,3 mil toneladas em agosto de 2019 para 109 mil toneladas no mês passado.
A cultura foi uma das mais afetadas pela pandemia do novo coronavírus, com postergação de embarques. Mas os volumes de agosto mostram que o pior pode ter ficado para trás.
Na indústria extrativa, as exportações de minério de ferro recuaram de 33,8 milhões de toneladas em agosto do ano passado para 31,3 milhões no mesmo mês de 2020.
Em contrapartida, as vendas externas de petróleo do Brasil alcançaram 5,47 milhões de toneladas ante 4,76 milhões embarcadas um ano antes, informou a Secex.
No mercado de proteína animal, a exportação brasileira segue impulsionada pelo câmbio e pela demanda da China, em função dos efeitos da peste suína africana sobre os plantéis de porcos daquele país.
Neste contexto, as vendas externas de carne suína do Brasil saltaram quase 80% em agosto, para 87,7 mil toneladas ante 49 mil toneladas registradas no mesmo mês de 2019.
Os embarques de carne bovina in natura refrigerada ou congelada somaram 163,2 mil toneladas em agosto ante 135,1 mil um ano antes, enquanto as vendas de aves passaram de 334,5 mil toneladas para 340,7 mil no período avaliado.
(Por Nayara Figueiredo)