Investing.com – Os futuros de ouro encerraram a sessão de sexta-feira em uma baixa de seis semanas, uma vez que dados econômicos norte-americanos apoiaram as expectativas de que o Banco Central dos EUA (Fed) começará a elevar suas taxas mais cedo que o esperado.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de ouro para junho caíram para uma baixa da sessão de US$ 1.286,10 por onça, o nível mais fraco desde 12 de fevereiro.
O ouro encerrou a sessão de sexta-feira em baixa de 0,04%, ou 50 centavos, a US$ 1.294,30 por onça. Na quinta-feira, os preços do metal precioso perderam 0,66%, ou US$ 8,60, e ficaram em US$ 1.294,80 por onça.
Espera-se que os futuros de ouro encontrem apoio em US$ 1.284,10 por onça, a baixa de 12 de fevereiro, e resistência em US$ 1.307,50, a alta de 27 de março.
Os preços do ouro da Comex encerraram a semana com uma perda de 3,03%, ou US$ 40,50, a segunda queda semanal consecutiva.
O Departamento do Comércio dos EUA disse na sexta-feira que os gastos dos consumidores do país subiram 0,3% no mês assado após um ganho revisto para baixo de 0,2% em janeiro.
Um relatório separado mostrou que o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan caiu em março para 80,0, de uma leitura de 81,6 no mês anterior. Ficou mais alto que a leitura preliminar de maro de 79,9, mas abaixo das projeções de 80,5.
Dados divulgados na quinta-feira mostraram que os pedidos de seguro desemprego nos EUA caíram na semana passada para o nível mais baixo desde o final de novembro, ao passo que o crescimento econômico norte-americano no quarto trimestre foi revisto para cima.
Os dados otimistas somaram-se às esperanças de que a desaceleração da atividade econômica observada no início do ano será temporária.
O ouro ficou sob forte pressão de venda nas últimas sessões em meio a expectativas cada vez maiores de que o Banco Central dos EUA (Fed) elevará a taxa de juros mais cedo que o esperado.
Os participantes do mercado apresentaram expectativas de um aumento da taxa por parte banco central norte-americano após a presidente do Fed, Janet Yellen, ter sugerido que pode ocorrer um aumento na taxa cerca de seis meses após o programa de estímulo do banco ser encerrado, o que se espera que aconteça no segundo semestre.
Nesta semana, os investidores estarão aguardando o relatório de sexta-feira do indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA de março em busca de indicações sobre a força do mercado de trabalho e necessidade de estímulo.
Segundo dados divulgados na sexta-feira pela Commodities Futures Trading Commission (CFTC), os fundos de hedge e gestores de fundos aumentaram suas apostas positivas nos futuros de ouro na semana encerrando em 25 de março.
As posições longas totalizaram 120.042 contratos, 13,3% abaixo das posições longas de 138.429 da semana anterior.
Na Comex, a prata para maio subiu 0,42%, ou 8,2 centavos, na sexta-feira e fechou a semana em US$ 19,79. A prata despencou para US$ 19,57 por onça na quinta-feira, o nível mais baixo desde 5 de fevereiro.
Na semana, os futuros de prata de maio perderam 2,46%, ou 50 centavos por onça.
Os dados da CFTC também mostraram que as posições longas de prata caíram para 7.442 contratos na semana passada, recuando 59,1% em comparação com as posições longas de 18.239 na semana anterior.
O cobre para maio recuperou-se para uma alta da sessão de US$ 3,048 por libra na sexta-feira, o nível mais alto desde 11 de março, antes de reduzir seus ganhos e ficar em US$ 3,041 por libra.
O cobre subiu em meio a indicações de que a o governo da China está preparado para tomar mais a~ções para impulsionar a economia em desaceleração após o premiê da China, Li Keqiang, ter dito que o país tem políticas para combater a volatilidade econômica.
As observações ajudaram a reduzir as preocupações com uma desaceleração na segunda maior economia mundial. A nação asiática é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.
Na semana, o cobre da Comex subiu 3,09%, ou 9,4 centavos.
Segundo a CFTC, as posições curtas de cobre totalizaram 25.034 contratos na semana passada, acima dos 12,25% das posições curtas de 21.965 da semana anterior.