Ibovespa sobe aos 135 mil pontos com alta de 2,5% do minério, enquanto monitora tarifas
Investing.com - Os preços do ouro subiram quase 2% na sexta-feira, após dados terem mostrado que a economia dos EUA gerou o menor número de postos de trabalho em sete meses em abril, levantando dúvidas sobre a possibilidade de o Banco Central dos EUA (Fed) aumentar as taxas de juros antes do final do ano.
O Departamento de Trabalho informou que a economia dos EUA gerou 160.000 vagas de emprego no mês passado, o menor aumento desde setembro e bem abaixo da projeção dos economistas de 202.000 empregos. A taxa de desemprego permaneceu estável em 5%.
O único relatório positivo mostrou que a média salarial por hora aumentou oito centavos ou 0,3%, trazendo o aumento ano a ano para 2,5%, de 2,3% em março.
Os investidores deixaram de lado as expectativas para um aumento da taxa de junho após o relatório, com a maioria prevendo um aumento agora em setembro.
Os ganhos foram limitados uma vez que as observações feitas por uma autoridade do Banco Central dos EUA (Fed) terem indicado que as taxas de juros ainda podem subir mais cedo do que o esperado. O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, disse que era razoável esperar dois aumentos da taxa neste ano apesar dos dados mais fracos do que o esperado em abril sobre a contratação.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, mostrou recuperação nas negociações da tarde após comentários de Dudley, subindo 0,11% para 93,83, na sexta-feira, após ter caído 0,06% no início do dia.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro, com vencimento em junho, atingiu uma alta da sessão de US$ 1.297,70 por onça-troy, antes de reduzir os ganhos e encerrar em US$ 1.294,00, uma alta de US$ 21,70, ou 1,71%, para o dia.
Na semana, os preços do ouro subiram US$ 3,50, ou 0,29%, o segundo ganho semanal consecutivo, em meio a indicações de que o Fed terá uma abordagem lenta e cautelosa quanto ao aumento das taxas de juros neste ano.
Um caminho gradual para o aumento das taxas é visto como uma ameaça menor para os preços do ouro do que uma série rápida de aumentos.
Os preços do metal amarelo subiram quase 22% até agora neste ano, uma vez que as expectativas de que o Fed agiria para normalizar as taxas de juros devido a temores com a economia mundial.
O ouro é sensível a movimentos nas taxas norte-americanas, uma vez que o aumento elevaria o custo de oportunidade de detenção de ativos de baixo rendimento como metais preciosos.
Nesta semana, os investidores vão continuar se concentrando nos relatórios econômicos para medir se a maior economia do mundo está forte o suficiente para resistir aos novos aumentos das taxas em 2016, com dados na sexta-feira sobre as vendas no varejo em foco.
Além disso, mais de meia dúzia de autoridades do Fed deve fazer pronunciamentos, uma vez que os investidores estão em busca de novas pistas sobre quando será o próximo aumento de taxas nos EUA.
Em outra parte das negociações de metais, os futuros de prata com vencimento em julho subiram 20,0 centavos, ou 1,15%, para US$ 17,78 por onça-troy na sexta-feira. Na semana, os futuros de prata caíram 39,3 centavos, ou 1,64%.
Também na Comex, os futuros de cobre com vencimento em julho perderam 0,2 centavos, ou 0,09%, para US$ 2,154 por libra, mostrando recuperação após terem atingido uma baixa da sessão de US$ 2,135, um nível não visto desde 12 de abril.
Na semana, os preços do cobre negociados em Nova York despencaram 11,7 centavos, ou 5,62%, a sua maior perda semanal desde o início de 2015, devido às preocupações com a economia da China.
Os dados do comércio mensais divulgados neste domingo, que mostraram que as exportações e as importações caíram mais que o esperado em abril, somaram-se às preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.
As exportações caíram 1,8% em comparação com o ano anterior, pior do que as projeções para uma queda de 0,1%, ao passo que as importações recuaram 10,9% em comparação com as expectativas para uma queda de 5,0%. Isso deixou a China com um superávit comercial de US$ 45,6 bilhões no mês passado, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas.
O país asiático também vai publicar os dados de abril sobre a inflação de preços ao consumidor e ao produtor na terça-feira, seguidos por relatórios sobre a produção industrial, investimentos em ativos fixos e vendas no varejo na sexta-feira.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 45% do consumo mundial.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 9 de maio
O Banco do Japão deve publicar a ata da reunião de política monetária de abril, para dar aos investidores uma visão sobre como as autoridades veem a economia e as suas opções políticas.
A Alemanha deve divulgar dados sobre os pedidos às fábricas.
O presidente do Fed de de Chicago, Charles Evans, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, e o presidente do Fed de Francisco, John Williams, devem discursar durante o dia.
Terça-feira, 10 de maio
A China deve divulgar dados sobre o índice de preços ao consumidor e produtor.
O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, a autoridade vista como mais estreitamente alinhada com a presidente do Fed, Janet Yellen, deve participar de um painel de discussões sobre o sistema monetário internacional, em Zurique.
Quarta-feira, 11 de maio
Além disso, o Banco Central da Nova Zelândia deve publicar seu relatório de estabilidade financeira e o presidente, Graeme Wheeler, deve realizar uma coletiva de imprensa.
Quinta-feira, 12 de maio
O Banco da Inglaterra (BoE) deve anunciar sua decisão sobre taxa de juros e publicar as atas da reunião de política monetária, incluindo a discriminação dos votos. Além disso, o banco deve divulgar seu relatório trimestral de inflação e presidente, Mark Carney, juntamente com outras autoridades, deve participar de uma coletiva de imprensa.
Os EUA devem divulgar o relatório semanal sobre os pedidos novos de seguro desemprego, ao passo que a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, o presidente do Fed Boston, Eric Rosengren, e a presidente do Fed de Kansas City, Esther George, devem discursar em eventos públicos.
Sexta-feira, 13 de maio
A Alemanha deve divulgar dados preliminares sobre a inflação, ao passo que a zona euro deve divulgar uma nova estimativa de crescimento econômico sobre o primeiro trimestre.
Os EUA devem resumir a semana com dados sobre as vendas no varejo, a inflação de preços ao produtor e o sentimento do consumidor.