Morgan Stanley rebaixa recomendação de CSN e Usiminas; mantém Gerdau em Compra
- Os mercados seguem próximos das máximas históricas, mas precisam de um novo impulso para manter o ritmo de alta.
- Os resultados corporativos desta semana podem ser o gatilho que os investidores aguardam.
- Com sinais incertos por parte do Fed, os próximos grandes movimentos podem vir das empresas.
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A semana nos mercados começou com clima de forte expectativa. O S&P 500 e o Nasdaq renovaram suas máximas históricas, enquanto o Dow Jones e o Russell 2000 ainda demonstram alguma defasagem.
A dúvida agora é se esses índices também alcançarão novos recordes nos próximos dias. O fato é que, para que a tendência de alta continue, será necessário algum gatilho, e ele pode estar nos eventos que se aproximam.
Um deles será o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, marcado para esta terça-feira às 15h30 (horário de Brasília) .
Apesar disso, é pouco provável que Powell seja o catalisador de um novo rali, já que tem adotado uma postura bastante prudente ao comentar os rumos da política monetária e os juros nos EUA.
Por outro lado, a temporada de resultados pode cumprir esse papel, especialmente com os balanços que serão divulgados na quarta-feira por Alphabet (BVMF:GOGL34) (NASDAQ:GOOGL), Tesla (BVMF:TSLA34) (NASDAQ:TSLA) e IBM (BVMF:IBMB34) (NYSE:IBM).
Crescimento e resiliência: uma dupla que pode surpreender
Encontrar o ponto de equilíbrio entre crescimento e proteção de capital não é tarefa simples. Ainda assim, Alphabet e IBM se destacam como uma combinação interessante para quem busca uma carteira mais equilibrada.
Ambas oferecem características complementares:
- Alphabet combina alto crescimento, boa eficiência e retornos acima da média em relação ao mercado. É uma ação interessante para quem busca performance de longo prazo e tolera maior oscilação.
- IBM, por sua vez, apresenta menor volatilidade e recuos mais limitados, o que a torna uma candidata sólida para diversificação e redução de risco.
A seguir, analisamos essas ações com base em retorno anualizado, risco, eficiência e desempenho ativo em relação ao benchmark.
1. Alphabet: segue razoavelmente avaliada
O gráfico abaixo mostra o desempenho da Alphabet, que entregou uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 17,2% nos últimos 20 anos, com volatilidade (desvio padrão) de 27,4%. A maior queda registrada foi durante a crise de 2008, quando os papéis recuaram quase -60%.
Quanto à eficiência, os índices de Sharpe e Sortino (desconsiderando o retorno livre de risco) foram de 0,63 e 1,09, respectivamente. Já o beta da ação frente ao ETF do S&P 500 (SPY), no período de cinco anos, foi de 1,03, o que indica um comportamento de preço bastante alinhado ao mercado. O retorno ativo anualizado ficou em 6,61% acima do benchmark, um número bastante expressivo.
O que sustenta minha visão positiva sobre Alphabet são dois fatores: a ação não apresenta múltiplos excessivamente esticados, e seu preço-justo, de acordo com os 15 modelos fundamentalistas do InvestingPro, é estimado em US$ 193,15, o que representa um potencial de valorização de 2,3% em relação aos níveis atuais.
Fonte: InvestingPro
A empresa também apresenta um perfil financeiro classificado como “muito bom”, refletindo fundamentos sólidos e capacidade de absorver choques do mercado.
Fonte: InvestingPro
Além disso, o consenso de mercado classifica Alphabet como ação para compra. As projeções indicam um preço-alvo mínimo de US$ 160, máximo de US$ 250 e média de US$ 204,70, o que indica potencial de valorização ligeiramente acima de 10%.
Com base nos dados do InvestingPro, é possível definir uma faixa de preço-justo combinando os modelos quantitativos com as estimativas médias dos analistas.
O resultado? Alphabet continua apresentando margens de crescimento atrativas e permanece como uma boa alternativa para investidores de perfil fundamentalista no setor de tecnologia.
Vale lembrar que a ação já passou por movimentos expressivos neste ano: alta de +8,06% em 25 de abril de 2024 e queda de -8,74% em 30 de janeiro de 2024.
2. IBM: reação positiva pós-balanço à vista?
Nos últimos 20 anos, o desempenho da IBM mostra uma CAGR de 10,7% e volatilidade de 21,7%. Os índices de Sharpe e Sortino são inferiores aos da Alphabet, 0,49 e 0,80, respectivamente, mas o recuo máximo observado foi menor: -37,2%.
O beta da ação é 0,63, revelando uma oscilação consideravelmente menor em relação ao mercado. Mesmo assim, o retorno ativo em comparação com o S&P 500 tem sido praticamente nulo, o que sugere uma performance alinhada ao índice, porém com menor risco.
De acordo com o InvestingPro, IBM está sobreavaliada. O preço-justo, com base em 14 modelos automatizados, é estimado em US$ 233, o que representa um potencial de queda de 18,5% frente ao preço atual.
Fonte: InvestingPro
A situação financeira da companhia é avaliada com nota 3 de 5, refletindo boa saúde financeira.
Fonte: InvestingPro
Por outro lado, a visão dos analistas para IBM é mais cautelosa que para Alphabet. O preço-alvo médio aponta para recuo de 4,64%, com projeções que variam entre US$ 190 e US$ 350. Ainda assim, o consenso segue classificado como compra.
Neste contexto, a zona de preço-justo, que une o fair value e o alvo médio dos analistas, está abaixo da cotação atual, o que limita o potencial de valorização de curto prazo. Mesmo assim, a ação permanece como uma opção relevante para investidores que priorizam estabilidade e menor exposição a oscilações de mercado.
A IBM também registrou oscilações expressivas no período recente, com alta de +14,4% em 29 de janeiro de 2025 e queda de -7,29% em 24 de abril de 2024.
Fonte: InvestingPro
Olhos voltados para quarta-feira
Com os balanços de grandes companhias programados para esta quarta-feira, espera-se um aumento na volatilidade do mercado. Como mostram os dados históricos, períodos de divulgação de resultados costumam provocar movimentos relevantes nos preços das ações.
Acompanhar os fundamentos e os dados técnicos pode ser decisivo para navegar com mais segurança durante essa temporada.
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AVISO: Este conteúdo tem caráter exclusivamente informativo. Não constitui oferta, recomendação ou solicitação para compra de ativos. Lembramos que todos os investimentos envolvem riscos relevantes e devem ser avaliados sob múltiplas perspectivas. O InvestingPro não oferece consultoria de investimentos. As decisões e riscos assumidos são de inteira responsabilidade do investidor.