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Futuros de ouro saem de altas após dados norte-americanos; Fed em foco

Publicado 29.04.2013, 10:06
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Investing.com – Os contratos futuros de ouro subiram nas negociações norte-americanas da manhã desta segunda-feira, mas reduziram alguns ganhos após dados terem mostrado que os gastos pessoais nos EUA cresceram menos que o esperado no mês de março.

O ouro foi negociado perto de uma alta de uma semana atingida no início da sessão, uma vez que os preços permaneceram apoiados em meio a esperanças de mais flexibilização por parte dos bancos centrais mundiais.

Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos futuros de ouro para entrega em junho foram negociados a US$ 1.469,75 por onça-troy nas negociações norte-americanas da manhã, subindo 1,1% no dia.

No início do dia, o preço do ouro negociado na Comex subiu até 1,6%, para US$ 1.478,15 por onça-troy, uma alta diária.

Espera-se que o preço do ouro encontre apoio em US$ 1.403,75 por onça-troy, a baixa de 22 de abril, e resistência em US$ 1.484,75, a alta de sexta-feira.

Os preços saíram dos maiores níveis da sessão após o Departamento de Análises Econômicas dos EUA ter dito que os gastos pessoais cresceram 0,2% em março, acima das expectativas de um aumento modesto de 0,1%. Os gastos pessoais subiram 0,7% em fevereiro.

Os gastos dos consumidores configuram a maior fonte de crescimento econômico dos EUA, respondendo por até dois terços da atividade econômica.

O relatório também mostrou que a renda pessoal subiu 0,2% no mês passado, abaixo das expectativas de um aumento de 0,4%, após subir 1,1% em fevereiro.

Enquanto isso, o índice de preços de gastos de consumo pessoal (CPCE) ficou estável em março, comparado com as expectativas de um aumento de 0,1%.

O CPCE subiu a uma taxa anualizada de 1,1% no mês passado, abaixo das projeções de um aumento de 1,2%, após subir a uma taxa de 1,3% em fevereiro.

O Federal Reserve (Fed) utiliza o índice de preço PCE como uma ferramenta para ajudar a determinar a necessidade de aumentar ou reduzir as taxas de juros, com o objetivo de manter a inflação em uma taxa de 2% ou menor.

O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,45%, para 82,23, o nível mais fraco desde 17 de abril.

O preço do ouro foi impulsionado mais cedo em meio a expectativas de que o Fed manterá seu programa de flexibilização monetária por tempo indefinido após dados divulgados na sexta-feira terem mostrado que a economia norte-americana cresceu menos que o projetado no primeiro trimestre.

Os participantes do mercado estão enfocando a declaração de política de quarta-feira do banco central norte-americano em busca de mais dicas sobre o futuro do programa de flexibilização monetária do banco.

Os investidores também voltaram a atenção para o resultado da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que deve ocorrer na quinta-feira, em meio a crescentes expectativas de um corte na taxa de juros, bem como os dados sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA.

Indicações de aumento na demanda física pelo metal precioso continuaram apoiando o sentimento.

O Mint dos EUA vendeu até agora 208.500 onças de moedas de ouro em abril, a maior alta desde dezembro de 2009 e três vezes mais que as 62.000 onças vendidas em todo o mês de março.

Segundo os negociantes de ouro, o interesse em compra também melhorou nos principais consumidores, Índia e China.

Em 16 de abril, o ouro negociado na Comex caiu para US$ 1.322,25 por onça, uma baixa de 27 meses. Desde então, o metal amarelo subiu quase 11% porque os investidores retornaram ao mercado em busca de barganhas.

Os preços do metal precioso estão agora em baixa de quase 23% desde que a commodity atingiu uma alta recorde de US$ 1.920,80 por onça em setembro de 2011, desencadeando temores de que a corrida pelo ouro está chegando ao final.

De uma perspectiva técnica, o metal precioso deve encontrar forte resistência no nível de US$ 1.485.

Na divisão Comex, a prata para entrega em julho recuperou-se 1,9%, para US$ 24,20 por onça-troy, ao passo que o cobre para entrega em julho avançou 1,35%, para US$ 3,229 por libra-peso.

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