Analistas de Wall Street elevam preço-alvo da Nvidia enquanto ações recuam após resultados
Investing.com – O Goldman Sachs projeta que os preços do petróleo Brent devem recuar de forma expressiva nos próximos dois anos, com estimativas apontando para valores na faixa dos US$ 50 baixos até o final de 2026, diante do aumento da oferta global e do acúmulo de estoques.
Segundo os analistas do banco, a projeção se baseia no “nosso cenário de superávit médio de petróleo de 1,8 milhão de barris por dia (mb/d) entre o quarto trimestre de 2025 e o quarto trimestre de 2026”, aliado à premissa de que os estoques comerciais dos países da OCDE representarão cerca de um terço do acúmulo global.
De acordo com o modelo de precificação do Goldman Sachs, “um acréscimo de um dia de demanda nos estoques comerciais da OCDE reduz o preço-justo do petróleo, em relação aos preços de equilíbrio de longo prazo, em pouco mais de US$ 3 por barril”.
Até o momento, essa estimativa parece estar se concretizando. Os analistas destacam que “os estoques globais visíveis já cresceram quase 1 mb/d no acumulado do ano, e a oferta continua em expansão”, ainda que os estoques terrestres da OCDE estejam abaixo de outras categorias, como os estoques da China e o petróleo em trânsito por via marítima.
O Goldman Sachs ressalta que os estoques da OCDE seguem como o melhor indicador para explicar os diferenciais de preço do Brent.
Os modelos do banco projetam um crescimento de 0,6 mb/d nos estoques da OCDE até 2026, em linha com os balanços globais estimados.
“O petróleo em trânsito ajuda a manter os estoques em terra temporariamente baixos, mas tende a chegar aos depósitos da OCDE dentro de cerca de um mês”, escreveram os analistas. Já os estoques chineses, em contraste, “oferecem uma competição mais persistente em relação aos estoques da OCDE”.
Para 2025, o Goldman espera que os preços permaneçam próximos aos contratos futuros, mas que recuem abaixo desses níveis em 2026, à medida que o ritmo de acúmulo de estoques na OCDE se intensifique.
Entre os principais riscos para essa projeção estão uma elevação mais intensa dos estoques chineses ou uma queda inesperada na produção de petróleo da Rússia.
O banco acrescenta que, caso os estoques chineses cresçam mais rápido do que o previsto, o preço do Brent poderia subir para US$ 62 em 2026, em comparação com a estimativa base atual.