Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - O governo brasileiro reduziu entre 10,55% e 15,75% os preços mínimos do trigo na safra 2024/25, valores estes que balizam as operações de compras públicas e outros instrumentos governamentais de apoio à comercialização, de acordo com nota publicada nesta quarta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Os novos valores, publicados no Diário Oficial desta quarta-feira, serão utilizados como referência nas operações ligadas à Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), que visa assegurar uma remuneração mínima aos produtores rurais.
A Conab afirmou que um importante fator para o cálculo da proposta de preço mínimo continua sendo o custo de produção.
De acordo com os levantamentos da companhia, a queda acompanha a redução dos custos variáveis que foram afetados, principalmente, pelos menores preços dos fertilizantes e defensivos agrícolas.
De acordo com a Portaria do Ministério da Agricultura nº 688, os preços mínimos para o trigo pão tipo 1 cultivado na região Sul apresentam queda de 10,55% em relação ao ciclo 2023/2024, para 78,51 reais por saca de 60 kg.
No Sudeste, a redução é de 11,55%, para 80 reais/saca, enquanto que no Centro-Oeste e na Bahia a queda é de 15,75%, também para 80 reais a saca.
Os preços mínimos foram publicados em momento em que o produtor brasileiro já está plantando a nova safra.
Os preços nominais de mercado do trigo estão mais altos, oscilando perto de 1.470 reais a tonelada, cerca de 70 reais acima do mesmo período do ano passado (base Paraná).