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Por Marianna Parraga
HOUSTON (Reuters) - A Guiana desenvolverá suas grandes descobertas de petróleo e gás com proteção ambiental completa, disse uma importante autoridade durante conferência de energia nos Estados Unidos nesta terça-feira, contestando pedidos para que fornecedores de energia interrompam novas explorações.
A pequena nação da América do Sul se tornou um dos pontos mais desejados para exploração de petróleo, após o grupo liderado pela Exxon Mobil (NYSE:XOM) (SA:EXXO34), incluindo a Hess Corp (NYSE:HES) (SA:H1ES34), com sede nos EUA, e CNOOC (HK:0883) (SA:C1EO34), com sede na China, descobrirem cerca de nove bilhões de barris de petróleo e gás recuperáveis em sua costa.
"Foi pedido para deixarmos nosso petróleo no solo; acreditamos que é totalmente injusto", disse o vice-presidente Bharara Jagdeo em um painel da Offshore Technology Conference. "Vamos desenvolver nossa indústria de petróleo colocando em prática regulamentações para operações seguras e de baixo carbono".
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), um grupo de nações consumidoras de petróleo, afirmou que se governos desejassem atingir emissões de carbono zero até 2050, não haveria necessidade para novos projetos de combustíveis fósseis. Um painel das Nações Unidas no mês passado também afirmou que a queima de combustíveis fósseis causa aquecimento do clima.
Jagdeo, que lidera o desenvolvimento de energia da nação, disse que a Guiana irá desenvolver a sua indústria de petróleo com regulamentação para operações seguras e de baixo carbono. O governo está em desacordo com a Exxon sobre a queima em sua plataforma de produção Liza existente.
A Guiana está trabalhando para melhorar a sua estrutura regulatória e esse arranjo iria orientar o próximo projeto de petróleo do consórcio liderado pela Exxon, chamado Payara. Uma política de conteúdo local "agressiva" também será imposta, disse Jagdeo.
Neste mês, a Guiana recebeu ofertas de comerciantes e casas de commodities para comercializar sua parte do petróleo produzido por seus parceiros. Sem petroleira estatal ou refino nacional, o país planeja repassar a comercialização e as vendas para firmas externas.
(Reportagem de Marianna Parraga)
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