SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil deverá produzir um recorde de 57,1 milhões de sacas de café na safra deste ano, projetou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que elevou sua estimativa em 3,2 por cento frente o esperado no mês passado.
A revisão para cima ocorre em plena fase inicial da colheita e se segue a uma estimativa de produção recorde também feita pela Companhia Nacional de Abastecimento no mês passado.
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café e registrou colheita de pouco mais de 46 milhões de sacas em 2017, em um ano marcado pela bienalidade negativa do arábica.
Conforme o IBGE, a produção da variedade arábica neste ano deve alcançar 43,4 milhões de sacas, alta de 2,9 por cento frente o considerado anteriormente. No ano passado, o volume foi de cerca de 35 milhões de sacas, segundo o instituto.
Para o conilon, também chamado de robusta, o IBGE projeta uma safra de 13,7 milhões de sacas, aumento de 4,1 por cento em relação ao mês anterior. Em 2017, a produção foi de aproximadamente 11 milhões de sacas.
Conforme o IBGE, a Bahia registra forte recuperação na produção de conilon, essencial para o "blend" com o arábica e para a indústria de café solúvel.
"Juntamente com a recuperação da produção do Espírito Santo (+38,3 por cento), após dois anos de seca, e as boas safras de Rondônia, espera-se em 2018 a maior produção de café conilon da série histórica do IBGE", destacou o instituto, acrescentando que esses três Estados devem responder por 95,8 por cento da produção nacional em 2018.
(Por José Roberto Gomes)