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Importação brasileira de óleo de soja e arroz dispara com oferta argentina e dos EUA

Publicado 10.12.2020, 17:38
Atualizado 10.12.2020, 18:00
© Reuters. Processamento de soja em Chacabuco, Argentina
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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A importação brasileira de óleo de soja aumentou mais de 8.000% em novembro, com a Argentina ofertando a maior parte do que o Brasil comprou no mercado internacional para fazer frente a uma escassez de matéria-prima, conforme dados detalhados do Ministério da Agricultura divulgados nesta quinta-feira.

Já os desembarques de arroz quase triplicaram no mês passado ante novembro de 2019, para cerca de 150 mil toneladas, com o produto norte-americano, temporariamente importado sem tarifa, respondendo por 56 mil toneladas.

Lidando com preços recordes em 2020 após exportações históricas de soja em meses anteriores com a forte demanda da China e um câmbio que também favoreceu vendas externas de arroz, o Brasil teve de tomar medidas de alívio, como a isenção de tarifas de importação e a liberação do uso de matéria-prima importada na fabricação de biodiesel, notadamente óleo de soja.

Em novembro, das 55 mil toneladas que o Brasil importou de óleo de soja, um volume de pouco mais de 40 mil toneladas veio da Argentina --maior exportador global desse produto--, com Paraguai (12,5 mil toneladas) e até a Bolívia (1,8 mil toneladas) complementando a oferta.

No acumulado do ano de janeiro a novembro, as importações de óleo de soja somaram cerca de 160 mil toneladas, versus menos de 30 mil no mesmo período de 2019, com os argentinos ofertando mais de 120 mil toneladas e o restante chegando principalmente de indústrias paraguaias.

Já as importações de soja em grão no acumulado do ano atingiram cerca de 750 mil toneladas, aumento de mais de 470% ante as 131 mil no mesmo período do ano passado, com alguns analistas apostando que o Brasil trará pelo menos mais 100 mil toneladas em dezembro pra fechar 2020.

Do total importado, a maior parte veio do Paraguai (662 mil toneladas), com o Uruguai fornecendo outras 85 mil toneladas, conforme os dados do ministério.

Em novembro, os dois países do Mercosul lideraram a oferta, enquanto uma atípica carga importada dos Estados Unidos, de cerca de 30 mil toneladas, só deverá ser contabilizada nas estatísticas em dezembro, após o navio ter iniciado em desembarque ao final do mês passado.

Enquanto isso, as exportações de soja --maior produtor e exportador global-- deverão cair para menos de 100 mil toneladas, conforme estimativa da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), devido à baixa oferta, enquanto a safra nacional só deverá chegar ao mercado em janeiro.

MAIS ARROZ DOS EUA

No caso do arroz, os Estados Unidos deverão ampliar a oferta do Brasil com novas cargas comercializadas, além das 56 mil desembarcadas em novembro. Pelo menos cerca de mais 50 mil toneladas já teriam sido negociadas.

© Reuters. Processamento de soja em Chacabuco, Argentina

Com as importações de novembro, o total importado pelo Brasil no acumulado do ano somou quase 800 mil toneladas de todas as origens, versus 700 mil no mesmo período de 2019, segundo dados do ministério.

Entre os principais fornecedores de arroz ao Brasil neste ano estão o Paraguai, com 462 mil toneladas, seguido pelo Uruguai, com 165 mil toneladas, e Argentina, com 87,5 mil toneladas.

No final do mês passado, uma associação industrial pediu prazo maior para compras de fora do Mercosul isentas de tarifa. Uma cota de 400 mil toneladas será encerrada em 31 de dezembro.

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