Por Arathy Somasekhar
HOUSTON (Reuters) - As refinarias dos Estados Unidos importaram cerca de 1,3 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo bruto e óleo combustível da América Latina em abril, o nível maior em sete meses de acordo com dados da alfândega dos EUA, à medida que os compradores começaram a substituir os suprimentos russos.
Em março, os EUA proibiram as importações de petróleo bruto e produtos refinados russos devido à invasão da Ucrânia, estabelecendo 22 de abril como data final para as compras. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, pediu às empresas que adotem redes de fornecimento "amigáveis", ou que comprem de países confiáveis.
As importações de óleo combustível da América Latina atingiram em média 200.000 bpd em março e abril, 49% acima dos 12 meses anteriores. A participação do México nas importações de óleo combustível dos EUA subiu para cerca de 27% em março e abril, ante 19% um ano antes, mostraram os dados.
Cerca de 15 navios descarregaram 159.000 bpd de óleo combustível mexicano em Louisiana, Califórnia, Texas e Flórida, fornecendo às empresas Exxon Mobil Corp (NYSE:XOM), Chevron Corp (NYSE:CVX) e Marathon Petroleum Corp (NYSE:MPC), entre outras.
A Rússia forneceu cerca de 135.000 bpd, ou 5,5% do total das importações de petróleo dos EUA no ano passado, e 155.350 bpd, ou 29%, das importações de óleo combustível, de acordo com dados alfandegários do Refinitiv Eikon.
As importações norte-americanas de petróleo da América Latina também subiram em abril, para 1,34 milhão de bpd, o maior patamar em seis meses. As compras da Argentina atingiram a maior alta em quatro anos, enquanto as importações da Colômbia atingiram o maior nível desde setembro de 2020.
Cargas do óleo Medanito do tipo "sweet" da Argentina chegaram à refinaria Benicia da Valero Energy Corp (NYSE:VLO) na Califórnia e à refinaria Ferndale da Phillips 66 (NYSE:PSX) em Washington. Cerca de 1 milhão de barris do petróleo Escalante da Argentina também foram descarregados na planta de Honolulu da Par Hawaii Refining.
Cerca de 1,8 milhão de barris de petróleo colombiano foram fornecidos a processadores, incluindo as refinarias Delaware City da PBF Energy Inc e as refinarias St Charles da Valero.
Marathon, Exxon e Phillips 66 se recusaram a comentar. Chevron, Valero e PBF não responderam a um pedido de comentário.