A Índia está buscando ativamente melhorar suas relações energéticas com a Rússia, com o objetivo de firmar acordos com a Rosneft e outras grandes empresas petrolíferas russas. Esta iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla para expandir o comércio bilateral, conforme declarado pelo secretário de Relações Exteriores, Vinay Mohan Kwatra, na terça-feira. A medida segue uma reunião em Moscou, onde o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente russo, Vladimir Putin, estabeleceram uma meta ambiciosa de aumentar o comércio bilateral para US$ 100 bilhões até 2030, acima do valor atual de aproximadamente US$ 65 bilhões.
Kwatra enfatizou o foco no fortalecimento da parceria energética entre as duas nações durante uma coletiva de imprensa. Ele mencionou o potencial da Índia de estabelecer parcerias com a Rosneft e outras entidades de energia por meio de canais de governo para governo. A ênfase nos laços energéticos ocorre quando a Índia se tornou o maior comprador de petróleo marítimo russo com desconto, com compradores ocidentais recuando devido a sanções à Rússia após a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
A Rússia atualmente é o principal fornecedor de petróleo para a Índia, que é o terceiro maior importador e consumidor de petróleo do mundo. Os dois líderes também destacaram nove áreas-chave de cooperação para atingir a meta comercial de US$ 100 bilhões, com a Índia buscando aumentar suas exportações para a Rússia para equilibrar a equação comercial, que atualmente favorece Moscou.
A declaração conjunta divulgada após a reunião de Modi e Putin também delineou as intenções de remover as barreiras comerciais não tarifárias e continuar os esforços para um Acordo de Livre Comércio entre a União Econômica da Eurásia liderada pela Rússia e a Índia. A cooperação energética delineada abrange energia nuclear, refino de petróleo, petroquímica e parcerias em infraestrutura, tecnologias e equipamentos de energia.
As empresas russas, incluindo a Rosneft, detêm uma participação majoritária na Nayara Energy, uma refinaria privada na Índia. Por outro lado, as empresas indianas têm investimentos em projetos russos de exploração e produção de petróleo no Extremo Oriente. A ONGC Videsh da Índia está aguardando aprovação formal das autoridades russas para manter sua participação de 20% no projeto petrolífero Sakhalin 1 da Rússia.
Além do setor de energia, a Índia continua sendo um comprador significativo de fertilizantes russos, com intenções de solidificar e expandir essas relações para garantir a segurança dos nutrientes das culturas. Além disso, Modi e Putin concordaram em explorar o desenvolvimento de um sistema de liquidação bilateral utilizando suas moedas nacionais.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.