A diretora responsável por assuntos corporativos, regulatórios e de sustentabilidade da Latam Brasil, Maria Elisa Curcio, reiterou nesta quarta-feira que a companhia aérea está se movimentando para substituir, até 2030, 5% do querosene de aviação de seus voos por combustível de aviação sustentável, conhecido como SAF.
Durante participação em fórum que debate as relações entre Brasil e África, Curcio reforçou o compromisso da companhia de comprar o biocombustível de aviação de produtores da América Latina. A iniciativa faz parte da meta da empresa de alcançar a neutralidade das emissões de carbono até 2050.
Ela salientou ainda durante o evento as oportunidades, tanto no Brasil quanto na África, de geração de crédito de carbono a partir de projetos de reflorestamento, incluindo a preservação da Amazônia.
"Quando a gente olha para os interesses econômicos do Brasil e da África, temos grande oportunidade de produção de crédito de compensações por meio de projetos que garantam a nossa preservação cultural, de mata e de fauna e flora", comentou a diretora da Latam, apontando também o desafio de viabilizar investimentos nesses projetos.
Presente no mesmo painel, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, frisou que o turismo deve ser uma das bases do desenvolvimento da Amazônia compatível com seus recursos naturais. Ele defendeu que o turismo seja visto ao mesmo tempo com estratégia, por gerar emprego e renda, e com ética ambiental.
Freixo pontuou que o turismo é a atividade onde os setores público e privado se entendem, pela dependência mútua. "É o lugar onde o mundo privado e o mundo público se entendem porque precisam se entender, não há alternativa ... Você tem uma cadeia produtiva do turismo que tem peso privado enorme e que depende muito das politicas públicas", assinalou Freixo.