Por Maha El Dahan e Yasmin Hussein e Moataz Mohamed
CAIRO (Reuters) - Os Estados membros da Opep+ se alinharam neste domingo para endossar um forte corte na produção de petróleo acordado neste mês depois que a Casa Branca, intensificando uma guerra de palavras, afirmou que a Arábia Saudita havia pressionado outras nações a se aliarem à medida.
O Iraque, segundo maior exportador da Opep, disse que a decisão foi baseada em indicadores econômicos e tomada por unanimidade.
"Há total consenso entre os países da Opep+ de que a melhor abordagem para lidar com as condições do mercado de petróleo durante o atual período de incerteza e falta de clareza é uma abordagem preventiva que apoie a estabilidade do mercado e forneça ao futuro a orientação necessária", disse a empresa estatal de petróleo do Iraque SOMO em comunicado.
Omã e Bahrein também disseram em declarações separadas que a Opep+ - que inclui outros grandes produtores, principalmente a Rússia - foi unânime em decidir sobre a redução de 2 milhões de barris de petróleo por dia.
O ministro de Energia da Argélia chamou a decisão de 5 de outubro de "histórica". Ele e o secretário-geral da Opep, Haitham Al Ghais, atualmente visitando a Argélia, expressaram sua total confiança na proposta, segundo a TV Ennahar da Argélia.
O corte ocorre apesar dos mercados de petróleo estarem apertados, com os estoques de importantes economias em níveis mais baixos do que quando a Opep cortou a produção no passado.
(Reportagem de Moataz Mohamed, Yasmin Hussien e Maha El Dahan)