Por Carman Chew
CINGAPURA (Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro subiram nesta terça-feira, com a promessa da China de providenciar mais suporte para sua economia em declínio melhorando o sentimento do mercado, ao mesmo tempo em que as expectativas de uma possível limitação à produção de aço no principal país consumidor fortaleceram os preços.
O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações com alta de 1,4%, a 856,5 iuanes (119,87 dólares) por tonelada. O contrato atingiu mais cedo 859,5 iuanes, o maior valor desde julho de 2021.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em agosto subiu 1,9%, para 114,8 dólares a tonelada, depois de cair por duas sessões consecutivas.
Os principais líderes da China prometeram na segunda-feira intensificar as medidas de apoio à economia em meio a uma tortuosa recuperação pós-Covid, concentrando-se no aumento da demanda doméstica, sinalizando mais medidas de estímulo.
O planejador estatal da China revelou medidas para apoiar o investimento privado e transformar áreas subdesenvolvidas em megacidades.
As ações da China saltaram na abertura nesta terça-feira, com os incorporadores imobiliários se recuperando após um forte "sell-off" na sessão anterior, já que os principais formuladores de políticas disseram que intensificariam o apoio ao setor imobiliário local, que passa por dificuldades.
Os preços do aço também encontraram algum apoio nas conversas de mercado de que algumas usinas no leste e norte da China receberam aviso para manter a produção em níveis que não superem os de 2022.
O planejador estatal da China, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.
A Rio Tinto (LON:RIO) é a primeira das principais mineradoras globais de minério de ferro a divulgar resultados nesta semana, sendo esperados menores ganhos, à medida que as cadeias de suprimentos se normalizam após a Covid-19 e a atenção se volta para como os fornecedores da indústria siderúrgica da China veem a demanda dos clientes.
(Reportagem de Carman Chew)