Nova aposta de Buffett dispara dois dígitos; como antecipar esse movimentos?
SÃO PAULO (Reuters) - Uma onda de frio poderá provocar geadas pontuais em algumas áreas agrícolas do Sul com Brasil nos próximos dias 30, 31 e 1º de junho, segundo as últimas previsões meteorológicas.
Mas o milho segunda safra do Paraná, segundo produtor do cereal no Brasil, não deve sofrer impactos relevantes, disseram especialistas nesta terça-feira.
Segundo o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Rural Clima, essas geadas pontuais poderiam atingir também o sul de Mato Grosso do Sul e o Paraguai, além do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O milho do Paraná é acompanhado mais de perto pela representatividade da cultura para a produção do cereal do Brasil. A colheita do Estado está estimada em mais de 16 milhões de toneladas, versus 99,8 milhões previstas na segunda safra de todo o Brasil, segundo dados da estatal Conab.
"Não descartamos a formação de geadas em milho, frutas, hortaliças. Mas vai pegar São Paulo? Difícil. Minas Gerais? Difícil...", afirmou Santos.
São Paulo e Minas Gerais são importantes produtores de cana e café.
"Não acho que quebra milho, cana, café, longe disso, mas que vai dar susto, vai", acrescentou o meteorologista.
Para o especialista em milho do Departamento de Economia Rural (Deral), Edmar Gervásio, neste primeiro momento é "bastante improvável que tenhamos algum" problema relevante para o milho do Paraná.
Ele disse que a região oeste do Paraná seria a mais "sensível" a geadas.
"Mas se considerar que tem boa parte das áreas em maturação do milho safrinha, neste momento há de certa forma uma grande tranquilidade para a questão de geadas, não preocupa neste momento...", afirmou ele, lembrando que as lavouras próximas de colheita não são suscetíveis a perdas pelo frio intenso.
(Por Roberto Samora)