Investing.com - Os preços do ouro saltaram para uma nova máxima de sete anos, pois investidores de portfólio correram para ativos seguros após notícias de que o coronavírus está se espalhando de maneira ameaçadora fora da China.
O número de casos confirmados na Coreia do Sul subiu para mais de 200, deixando os investidores alertas para sinais de que o vírus pode ser difícil de conter mesmo em países com sistemas de saúde avançados (e dados confiáveis).
Os futuros do ouro para entrega na Comex fecharam em alta de 1,57%, a US$ 1.645,95 a onça troy, . O ouro spot subiu 1,3%, a US$ 1.643,46. Agora, a alta é de 8,32% no acumulado do ano.
Um impulso adicional veio de um novo endosso de Wall Street: analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) seguiram os do Citigroup e revisaram para cima sua meta de preço para o metal amarelo.
De acordo com várias notícias, o Goldman disse que a alta no curto prazo chegue a US$ 1.750 por onça, mas que pode atingit até US$ 1.850 se o impacto econômico do surto se estender para o segundo trimestre e impulsionar respostas significativas de bancos centrais.
“Nós vemos esse rali como sendo impulsionado por uma busca contínua por rendimento, um aumento na demanda por diversificação de portfólio e uma maior incerteza política”, escreveu o Goldman, acrescentando o que ouro é uma alocação estratégica para proteger um portfólio de riscos geopolíticos como o surto atual, a desdolarização e rendimentos reais negativos.”
O estrategista do Saxo Bank Ole Hansen apontou que os rendimentos reais do EUA a 10 anos estão atualmente em -0,15%, mínima em sete anos. Ele estimou o potencial de alta a curto prazo em US$ 1.690 por onça.
No início da semana, o Citigroup havia previsto que o ouro poderia atingir US$ 2 mil por onça ao longo dos próximos dois anos.
Bancos Centrais na China e no sudeste da Ásia já afrouxaram políticas para apoiar suas economias, mas ainda não há sinais de que o Federal Reserve irá seguir esse movimento - embora investidores em títulos pareçam estar aumentando suas apostas de que o banco o fará, o que derrubou os rendimentos do EUA a dois anos para 1,38%, muito abaixo da taxa de fundos atual do Fed. Enquanto isso, o rendimento do Tesouro a 30 anos atingiu uma baixa histórica de apenas 1,91% no início da semana.