Por Noreen Burke
Os preços do ouro caíram na quarta-feira (4) um dia depois de conquistarem seu maior ganho diário desde junho de 2016, causado por um dramático corte na taxa básica de juros do Federal Reserve com o objetivo de acalmar os temores em relação ao impacto econômico do surto de coronavírus.
Às 11h07 (horário de Brasília), os futuros do ouro para entrega na Comex estavam sendo negociados a US$ 1.642 por onça troy, e pouco mudou ao longo do dia. O ouro spot estava em US$ 1.641,40.
O ouro subiu em até 3,7% na terça-feira (3) após o Fed cortar taxas de juros em 50 pontos-base em uma medida de emergência, citando os “riscos crescentes” do coronavírus para a economia dos EUA.
A última vez em que o Fed fez um corte de taxas em períodos entre reuniões agendadas foi em outubro de 2008, no auge da crise financeira global.
O banco central dos EUA reconhece a escala do desafio e os limites da política monetária para lidar com crises de saúde pública, mas disse que o corte poderia significar um “impulso importante” para a economia.
“O mercado está provavelmente esperando por potenciais anúncios de outros bancos centrais… o mercado de ações se recuperou um pouco, e isso está levando a certa realização de lucros no ouro”, disse o analista do Saxo Bank Ole Hansen.
“O corte de taxas foi provavelmente uma decisão equivocada, porque também faz com que o Fed tenha ainda menos munição para cortes futuros… o mercado está se baseando na concepção de que esse é um pequeno curativo para uma grande ferida e não irá ajudar no curto prazo.”
A prata teve pouca mudança, ficando em US$ 17,15 por onça, enquanto a platina subiu 0,9% para US$ 877,35. O cobre estava em alta de 0,5%, a US$ 2,58 por libra.