Investing.com - Os futuros de ouro operaram em queda nas negociações europeias da manhã, uma vez que os investidores viram os dados de emprego nos EUA de sexta-feira como menos decepcionantes do que se pensava.
O Departamento de Trabalho informou que a economia dos EUA gerou 160.000 vagas de emprego no mês passado, o menor aumento desde setembro e bem abaixo da projeção dos economistas de 202.000 empregos. A taxa de desemprego permaneceu estável em 5%.
O único relatório positivo mostrou que a média salarial por hora aumentou oito centavos ou 0,3%, trazendo o aumento ano a ano para 2,5%, de 2,3% em março.
As observações feitas por uma autoridade do Banco Central dos EUA (Fed) na sexta-feira também influenciara o metal precioso, indicando que as taxas de juros ainda podem subir mais cedo do que o esperado. O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, disse que era razoável esperar dois aumentos da taxa neste ano apesar dos dados mais fracos do que o esperado em abril sobre a contratação.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas mundiais, subiu para 94,04 no início do pregão, o nível mais alto desde 28 de abril. O índice estava em 93,92, uma alta de 0,1% para o dia.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em junho caiu 1,1% para uma baixa diária de US$ 1.280,50 por onça-troy, antes de apresentar recuperação e ser negociado a US$ 1.282,15, às 06h45min. GMT, ou 02h45min. ET, uma queda de US$ 11,85, ou 0,92%.
Na sexta-feira, ouro subiu US$ 21,70, ou 1,71%. Os preços do metal precioso subiram US$ 3,50, ou 0,29%, na semana passada, o segundo ganho semanal consecutivo, em meio a indicações de que o Fed terá uma abordagem lenta e cautelosa quanto ao aumento das taxas de juros neste ano.
Um caminho gradual para o aumento das taxas é visto como uma ameaça menor para os preços do ouro do que uma série rápida de aumentos.
Os preços do metal amarelo subiram quase 20% até agora neste ano, uma vez que as expectativas de que o Fed agiria para normalizar as taxas de juros devido a temores com a economia mundial.
O ouro é sensível a movimentos nas taxas norte-americanas, uma vez que o aumento elevaria o custo de oportunidade de detenção de ativos de baixo rendimento como metais preciosos.
Nesta semana, os investidores vão continuar se concentrando nos relatórios econômicos para medir se a maior economia do mundo está forte o suficiente para resistir aos novos aumentos das taxas em 2016, com dados na sexta-feira sobre as vendas no varejo em foco. Além disso, mais de meia dúzia de autoridades do Fed deve fazer pronunciamentos, uma vez que os investidores estão em busca de novas pistas sobre quando será o próximo aumento de taxas nos EUA.
Também na Comex, os futuros de prata, com vencimento em julho, caíram 11,7 centavos, ou 0,67%, para US$ 17,41 por onça-troy durante as negociações da manhã em Londres, ao passo que os futuros de cobre caíram 3,7 centavos, ou 1,72%, para US$ 2,117 por libra.
Na semana passada, os preços do cobre negociados em Nova York despencaram 11,7 centavos, ou 5,62%, a sua maior perda semanal desde o início de 2015, devido às preocupações com a economia da China.
Os dados do comércio mensais divulgados no domingo, que mostraram que as exportações e as importações caíram mais que o esperado em abril, somaram-se às preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.
As exportações caíram 1,8% em comparação com o ano anterior, pior do que as projeções para uma queda de 0,1%, ao passo que as importações recuaram 10,9% em comparação com as expectativas para uma queda de 5,0%. Isso deixou a China com um superávit comercial de US$ 45,6 bilhões no mês passado, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas.
O país asiático também vai publicar os dados de abril sobre a inflação de preços ao consumidor e ao produtor na terça-feira, seguidos por relatórios sobre a produção industrial, investimentos em ativos fixos e vendas no varejo na sexta-feira.
A China é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 45% do consumo mundial.