O contrato futuro do ouro subiu nesta sexta-feira, 23, em resposta ao dólar ligeiramente mais fraco e à diminuição da liquidez próximo ao feriado de Natal. Além disso, o mercado acompanhou uma rodada de indicadores mistos da economia americana.
O ouro para fevereiro fechou em alta de 0,49%, em US$ 1.804,2 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, o metal precioso subiu 0,22%.
O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) - medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) - avançou 0,2% em novembro ante outubro, em linha com expectativa de analistas. Já a renda pessoal cresceu 0,4% em novembro ante outubro, superando o consenso, de aumento de 0,3%. As encomendas de bens duráveis, por sua vez, caíram acima do esperado, enquanto as vendas de moradias novas subiram acima da expectativa. Medido pela Universidade de Michigan, o sentimento do consumidor veio mais do que o esperado, ao mesmo tempo em que as expectativas de inflação em 1 e 5 anos se reduziram.
De acordo com o economista da Oanda Edward Moya, o ouro paira em torno de US$ 1.800 enquanto Wall Street fica mais confiante de que as tendências de desinflação continuarão. "Outra rodada de dados econômicos mostra que os consumidores e as empresas estão enfraquecendo e isso deve ajudar a manter as pressões de preços em queda. A economia ainda está em recessão e, se a inflação continuar baixando, a demanda por ouro deve melhorar no ano que vem", analisa.