O ouro fechou em alta modesta nesta quarta-feira, 4, apoiado por dados de emprego, indústria e comércio dos Estados Unidos. O conjunto de leituras macroeconômicas impulsionou expectativas de cortes de juros mais agressivos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), pesando sobre o dólar e os juros dos Treasuries, que competem com o metal precioso pela demanda de ativos seguros.
Nesta quarta-feira, o ouro para dezembro fechou em alta de 0,12%, a US$ 2.526,00 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Após duas sessões de queda consecutivas, o ouro voltou a subir. Contudo, as negociações do metal precioso foram marcadas por volatilidade, conforme investidores ponderavam sobre preocupações de deterioração na demanda global por commodities, ante temores de recuperação econômica fraca na China e na Europa, contrabalançadas por aumento nas expectativas de cortes de juros pelo Fed.
Para o TD Securities, o ouro encontrou suporte próximo aos níveis altos históricos, mas a pressão recente indica que uma "atividade de venda significativa" pode começar nas próxima semana e baixar os preços, após a divulgação do payroll dos EUA.
"Um contexto em que os cortes de juros nos EUA venham acompanhados de um pouso suave não é necessariamente positivo para o ouro, já que o capital pode sair de fundos do metal amarelo para usos mais produtivos", avalia o banco de investimentos.