Investing.com - Os futuros de ouro reduziram as perdas alcançadas durante a madrugada nas negociações norte-americanas desta segunda-feira, após terem ficado abaixo do nível de US$ 1.200 pela primeira vez desde fevereiro, uma vez que os investidores continuaram levando em consideração a possibilidade de um aumento das taxas de juros dos EUA no curto prazo.
Os volumes negociados devem permanecer leves, uma vez que os mercados de Londres e Nova York estão fechados devido a um feriado.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em junho atingiu uma baixa da sessão de US$ 1.199,00 por onça-troy, um nível não visto desde 17 de fevereiro, antes de ter recuado para US$ 1.212,40 às 11h29min. GMT, ou 07h29min., uma queda de US$ 4,30, ou 0,35%.
As expectativas para uma subida das taxas no meio do ano aumentaram após a presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Janet Yellen ter dito na sexta-feira que um aumento das taxas seria apropriado nos próximos meses se a economia continuasse se fortalecendo.
O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, foi o último legislador a sugerir que um aumento das taxas em junho ou julho era uma possibilidade real. Em Seul, no início do dia, Bullard disse que os mercados mundiais parecem estar "bem preparados" para um aumento das taxas de juros no meio do ano.
Os traders estão apostando em uma possibilidade de 28% para um aumento das taxas em junho e 60% em julho, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group (NASDAQ:CME). As probabilidades para setembro estavam em quase 68%.
O dólar norte-americano operou em seu nível mais alto em mais de dois meses contra uma cesta das principais moedas, devido a sugestões de que o Fed está mais perto de aumentar as taxas de juros.
Um dólar norte-americano mais forte geralmente pesa sobre o ouro, porque a moeda diminui o apelo do metal como um ativo alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
Os futuros do ouro caíram quase 7% até agora em maio, uma vez que os comentários recentes de autoridades do Fed, bem como as atas da reunião de abril do Fed, convenceram muitos analistas e investidores de que um aumento das taxas em junho ou julho é uma possibilidade real.
O ouro é sensível a movimentos nas taxas norte-americanas, uma vez que o aumento elevaria o custo de oportunidade de detenção de ativos de baixo rendimento como metais preciosos.
Nesta semana, os investidores aguardarão o relatório do indicador NFP (non-farm payrolls) dos EUA referente ao mês de maio para avaliar se a maior economia do mundo está forte o suficiente para resistir aos novos aumentos das taxas em 2016. Dados industriais do ISM serão divulgados na quarta-feira e o ISM de serviços na sexta-feira, uma vez que os investidores estão em busca de novas pistas sobre quando será o próximo aumento de taxas nos EUA.
Também na Comex, os futuros de prata, com vencimento em julho, caíram 21,9 centavos, ou 1,35%, para US$ 16,05 por onça-troy durante as negociações da manhã em Londres, ao passo que os futuros de cobre recuaram 1,5 centavos, ou 0,71%, para US$ 2,099 por libra.
Os traders do cobre aguardavam dois relatórios sobre o setor industrial da China na terça-feira, em meio a preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo.
A nação asiática é a maior consumidora mundial de cobre, respondendo por quase 45% do consumo mundial.