Investing.com – O ouro perdeu força durante a janela asiática de negociações nesta segunda-feira, 11, após dados positivos do mercado de trabalho dos EUA levarem os investidores a reavaliarem as chances de o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) antecipar o corte de juros em 2024.
O metal precioso perdeu o patamar de US$ 2.000 a onça, revertendo parte da alta recorde da semana passada. O dólar fortalecido e indicadores de recuperação da economia americana pesaram sobre o ouro, que perdeu atratividade como ativo de proteção.
O ouro à vista recuou 0,4%, para US$ 1.996,24 a onça, enquanto o contrato futuro para fevereiro cedia 0,1%, para US$ 2.012,75 a onça às 8h40 de Brasília. Ambos os preços ficaram cerca de US$ 150 abaixo dos níveis recordes da semana passada.
Fed em foco, corte de juros em março é incerto
Os investidores também ficaram cautelosos com o ouro antes da reunião do Fed nesta semana, na qual o banco central deve manter as taxas de juros estáveis.
No entanto, o cenário do Fed para a política monetária em 2024 será monitorado de perto, especialmente após dados recentes mostrarem um mercado de trabalho forte nos EUA.
O relatório de empregos de sexta-feira levou os mercados a reduzirem drasticamente as expectativas de um corte de juros em março de 2024 - um fator que pressionou o ouro.
O apetite por risco também aumentou após o relatório, que sinalizou uma economia americana suficientemente forte para evitar uma recessão. O ouro perdeu terreno, enquanto as bolsas de valores subiram.
Além do Fed, decisões de juros do Banco da Inglaterra, Banco Central Europeu e Banco Nacional Suíço também estão agendadas para esta semana, com os três bancos provavelmente indicando que manterão as taxas de juros elevadas por mais tempo.
Juros mais altos prejudicam o ouro, aumentando o custo de oportunidade de investir no metal, que não paga juros.
Os dados de inflação dos EUA de novembro também serão divulgados mais tarde na semana.
Cobre recua com desinflação na China e temor de demanda Entre os metais básicos, o cobre registrou queda na segunda-feira, acompanhando sinais de fraqueza econômica do principal consumidor, a China.
Os contratos futuros de cobre para março recuavam 0,6%, para US$ 3,8087 a libra.
Dados do final de semana mostraram que a inflação do índice de preços ao consumidor chinês caiu pelo segundo mês seguido em novembro, enquanto a deflação do índice de preços ao produtor se aprofundou pelo décimo quarto mês consecutivo.
Os números indicaram que o maior importador mundial de cobre deve enfrentar uma desaceleração econômica nos próximos meses, já que o estímulo de Pequim não impulsionou o consumo.
Os dados fracos da inflação ofuscaram parcialmente dados recentes que mostraram que as importações chinesas de cobre permaneceram fortes em novembro.