Demanda constitucionalmente impossível dos EUA barra negociações sobre tarifaço, diz Haddad
Investing.com — Os preços do ouro renovaram suas máximas históricas nesta quinta-feira, devido à demanda por ativos de proteção, em meio à escalada das tensões comerciais com a China, apesar da suspensão de 90 dias nas tarifas recíprocas anunciada pelo presidente Donald Trump para a maioria dos países.
Às 13h20 de Brasília, o ouro à vista subia 3,16%, negociado a US$ 3.175,90 por onça-troy. Já os contratos futuros com vencimento em junho avançavam 3,38%, para US$ 3.183,34 por onça.
O metal precioso já havia atingido um recorde anterior em 3 de abril, após o anúncio inicial das tarifas, mas sofreu correções à medida que investidores liquidaram posições para cobrir perdas em outros mercados.
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Ouro se aproxima de nova máxima com deterioração nas relações EUA-China
O movimento de alta voltou a ganhar força na quarta-feira, com a entrada em vigor das novas tarifas dos EUA.
Embora Trump tenha rapidamente anunciado a suspensão temporária das tarifas para a maioria dos parceiros comerciais, ele também elevou para 145% as alíquotas aplicadas às importações chinesas, intensificando temores sobre interrupções mais profundas nas cadeias globais de comércio.
Simultaneamente, entraram em vigor nesta quinta-feira as tarifas chinesas de 84% sobre produtos dos EUA.
Os sinais contraditórios aumentam a cautela dos investidores diante de uma possível intensificação do conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo. A incerteza contínua em torno da política comercial vem sustentando a demanda por ouro, tradicionalmente visto como proteção contra instabilidade geopolítica e riscos econômicos.
O índice do dólar dos EUA recuava 1,8%, tornando o ouro mais acessível para compradores internacionais.
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Outros metais preciosos também avançam
Os contratos futuros de prata subiam 2,3%, para US$ 31,11 por onça, enquanto o platina ganhava 2,14%, negociada a US$ 939,70.
O cobre disparou 5,6% nesta quinta-feira, refletindo o alívio inicial com a suspensão das tarifas anunciada por Trump. Ainda assim, os investidores seguem cautelosos diante das tarifas mais altas contra a China.
“Está claro que a incerteza persiste, já que as tarifas contra um dos principais consumidores de metais — a China — foram elevadas para 125%”, observaram analistas do ING em nota.
“Por outro lado, a perspectiva de uma guerra comercial prolongada elevou as expectativas de que Pequim anuncie estímulos mais agressivos, o que pode limitar a queda do cobre e de outros metais industriais”, acrescentaram.
(Com colaboração de Ayushman Ojha)
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