SÃO PAULO (Reuters) - O plantio de milho primeira safra 2020/21 do Paraná alcançou 34% da área estimada, abrindo um atraso ante os 39% registrados no mesmo período do ano anterior, enquanto produtores de soja ainda aguardam chuvas favoráveis para dar início à semeadura, informou o Departamento de Economia Rural (Deral) nesta terça-feira.
Na variação semanal, no entanto, o plantio de milho avançou 10 pontos percentuais no Estado. [nL1N2GC1K3]
"O plantio está um pouco descasado (ante a safra passada) porque estávamos com uma seca. Tivemos pelo menos 10 dias sem chuva e isso acabou segurando um pouco", disse o analista do Deral Edmar Gervásio sobre o milho.
Ele ainda reafirmou que parte dos produtores do cereal está em fase de escalonar o plantio para diminuir o risco climático, tendência já sinalizada na semana anterior.
"Mas, no geral, isso ainda está dentro da normalidade, porque a área de milho é pequena em relação à soja", acrescentou Gervásio.
No segundo maior Estado produtor da oleaginosa, ainda não há registro de semeadura da safra 2020/21, conforme levantamento do Deral. No mesmo período do ano anterior, o plantio estava em 3%.
Na segunda-feira, o economista do Deral Marcelo Garrido disse à Reuters que a chuva ocorrida na região neste mês ainda foi pouca, e produtores aguardam precipitações de maior intensidade para dar a largada nos trabalhos. [nL2N2GI1CS]
COLHEITA
A colheita do milho segunda safra 2019/20 está praticamente encerrada no Paraná, com 98% dos trabalhos concluídos, avanço de 4 pontos percentuais em relação à semana anterior.
No mesmo período da safra passada, quando o ciclo foi adiantado, a colheita havia terminado.
Segundo o Deral, cerca de 55% das lavouras de milho segunda safra estão em condições boas, 31% estão médias e 14% são consideradas ruins.
No trigo, a colheita avançou 21 pontos percentuais na variação semanal, para 44% da área. No entanto, os trabalhos apresentam grande adiantamento em relação ao mesmo período da ultima safra, quando a passagem das colheitadeiras estava em apenas 6%.
(Por Nayara Figueiredo)