Parte da 2ª safra de milho do Brasil já está "salva" e viés é de alta, diz EarthDaily Agro

Publicado 08.05.2025, 16:24
Atualizado 08.05.2025, 16:25
© Reuters. Milhon28/09/2020nREUTERS/Carlos Garcia Rawlins

SÃO PAULO (Reuters) - As condições climáticas para a segunda safra brasileira de milho, que responde por cerca de 75% da colheita total do cereal no país, têm sido favoráveis em 2024/25, e o viés é de alta na produvividade média, avaliou a EarthDaily Agro, empresa especializada no monitoramento de áreas agrícolas com uso de dados de satélite.

A produtividade nacional da segunda safra, que começa a ser colhida em mais algumas semanas, pode até ser recorde em um cenário mais otimista de continuidade de chuvas, acrescentou o analista de culturas da EarthDaily Agro, Felippe Reis.

Uma boa safra é importante para gerar excedentes de exportação no país, o segundo exportador global, assim como para atender o crescente consumo interno de milho, gerado pela indústria de etanol e de carnes.

Conforme análise da empresa de monitoramento antecipada à Reuters, na maior parte da principal zona produtora de milho segunda safra, o Centro-Oeste, a chuva acumulada variou entre 15 e 70 milímetros, nos últimos dez dias, volume que representa entre 50% e mais de 250% acima da média histórica para o período.

Áreas no Paraná e Mato Grosso do Sul também registraram volumes expressivos de chuva, após um tempo favorável no mês passado.

"As chuvas de abril não só ’salvaram’ a safra como permitiram um bom desenvolvimento das lavouras", afirmou o analista de culturas da EarthDaily Agro, Felippe Reis.

Ele disse que as médias de precipitações dos últimos 30 dias e dos últimos dez dias indicam que os níveis de umidade do solo permanecem adequados ao milho safrinha, disse o analista.

"Verifica-se, inclusive, um aumento gradual da umidade, proporcionando condições agronômicas ideais ao desenvolvimento do milho", acrescentou.

Por ora, a empresa estima a produção total em 125,7 milhões de toneladas, com uma produtividade de 5,9 toneladas/hectare, acima dos números da Conab (124,7 milhões e 5,85 t/ha) que deverão ser atualizados na próxima semana.

Do total, algo próximo de 100 milhões de toneladas deve ser colhido na segunda safra.

Para Reis, o viés é de alta nos números. "Provavelmente iremos aumentar nossa estimativa de produtividade no fim desta semana."

Além das precipitações favoráveis, ele citou que o plantio tardio principalmente em Mato Grosso diminui os impactos da seca de fevereiro e março, uma vez que a exigência de água pela planta é menor no início do ciclo.

Entre os dias 7 e 17 de maio, é esperada redução na umidade do solo em praticamente todas as regiões do país.

"Apesar disso, os níveis devem se manter satisfatórios na maior parte da zona produtora de milho safrinha, o que reduz preocupações imediatas", disse o analista.

"A exceção pode ocorrer no Mato Grosso do Sul, onde a tendência de queda da umidade é mais acentuada, exigindo atenção para possíveis impactos sobre o desenvolvimento das lavouras", disse a empresa, citando ainda a situação atual positiva pode ajudar no período de menos chuva.

Em Mato Grosso, o NDVI atingiu o maior patamar dos últimos dez anos. "O dado evidencia o excelente vigor vegetativo das lavouras, indicando perspectiva de alta produtividade e até mesmo possibilidade de recorde na safra atual."

Em Goiás, o indicador ainda se mantém acima dos níveis observados em safras anteriores, enquanto em Minas Gerais permanece em níveis elevados.

 

(Por Roberto Samora)

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