Investing.com – Os preços do minério de ferro mantiveram-se estáveis no primeiro trimestre de 2025, com média próxima a US$ 104 por tonelada, devido principalmente a restrições na oferta, enquanto a demanda segue consistente.
Nos últimos 12 meses, a commodity oscilou entre US$ 90 e US$ 120 por tonelada, atingindo seu ponto mais alto em maio de 2024 e registrando uma mínima em setembro do mesmo ano, refletindo preocupações macroeconômicas.
A expectativa para o mercado global de aço e minério de ferro em 2025 é de um leve superávit, padrão semelhante ao observado no ano anterior. No entanto, analistas do UBS preveem um excedente mais expressivo a partir de 2026 e 2027, impulsionado, principalmente, pela aceleração do projeto Simandou.
"Como consequência, ainda projetamos uma tendência de queda nos preços do minério de ferro no médio prazo", afirmaram os analistas liderados por Myles Allsop em um relatório.
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Do ponto de vista dos fundamentos, o UBS estima um superávit moderado em 2025, impulsionado por uma redução na demanda de 20 milhões de toneladas (Mt) e um aumento na oferta na mesma proporção.
Para 2026 e 2027, o superávit tende a ser mais acentuado, já que a oferta pode expandir cerca de 60Mt anuais.
A demanda, por outro lado, deve registrar uma leve contração a cada ano entre 2025 e 2027, embora o crescimento robusto da produção de aço na Índia e no Sudeste Asiático possa compensar, ao menos parcialmente, a desaceleração esperada na China.
Paralelamente, os analistas do UBS ajustaram para baixo suas projeções de oferta para 2025, citando impactos climáticos e atrasos em projetos. A estimativa atual indica um crescimento modesto de 20Mt na produção global. No entanto, a tendência é de aceleração a partir de 2026 e 2027, com novas operações na Austrália, África Ocidental e Brasil impulsionando a oferta.
Para os próximos anos, o UBS projeta uma média de preços de US$ 100 por tonelada em 2025, com recuo para US$ 95 em 2026 e US$ 90 em 2027.
Essas projeções estão em linha com a atual cotação à vista de US$ 102 por tonelada. Além disso, o banco identifica US$ 85 por tonelada como um nível de suporte sólido para os preços do minério de ferro nos próximos três anos, considerando o percentil 90 da curva de custo de valor em uso da commodity.
No segmento de ações expostas ao mercado de minério de ferro, o UBS tem preferência pela Rio Tinto (NYSE:RIO) em relação à BHP Group Ltd (ASX:BHP), destacando o crescimento projetado no volume de produção no curto prazo.
Já a Vale SA (BVMF:VALE3) ADR (NYSE:VALE) se apresenta como uma escolha mais atrativa do que a Fortescue Metals Group Ltd (ASX:FMG), devido às perspectivas de melhoria operacional. Por outro lado, o banco adota uma postura cautelosa em relação à Kumba (JO:KIOJ), citando preocupações com sua avaliação de mercado.
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