Investing.com - Os preços do petróleo avançaram no pregão europeu desta quarta-feira, após terem sido negociados em uma baixa de seis semanas durante a madrugada, uma vez que os participantes do mercado aguardavam novos dados semanais sobre os estoques norte-americanos de produtos brutos e refinados.
A Energy Information Administration dos EUA deve divulgar seu relatório semanal sobre as reservas de petróleo às 10h30 ET (14h30 GMT), em meio às expectativas dos analistas para uma alta de 3,4 milhões de barris.
Os estoques de gasolina devem cair em 567.000 barris, ao passo que os estoques de destilados, que incluem óleo de aquecimento e diesel, aumentar em 250.000 barris.
Após o fechamento dos mercados na terça-feira, o American Petroleum Institute (API) informou que os estoques de petróleo nos EUA apresentaram uma enorme queda de 7,5 milhões de barris na semana encerrada em 16 de setembro. Um relatório do API também mostrou uma queda de 2,5 milhões de barris nos estoques de gasolina, ao passo que os destilados indicaram uma alta de 1,4 milhões de barris na semana.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em novembro subiu 93 centavos, ou 2,1%, e foi negociado a US$ 44,98 por barril, às 03h50 ET (07h50 GMT). O contrato tocou uma baixa de seis semanas de US$ 43,06 na terça-feira, em meio a preocupações persistentes com um excesso de oferta mundial.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em novembro subiram 80 centavos, ou 1,75%, sendo negociados a US$ 46,68 por barril, saindo da baixa de seis semanas de US$ 45,09, alcançada na sessão anterior.
Os traders de petróleo continuaram avaliando as perspectivas de que as principais nações produtoras de petróleo congelarão a produção para apoiar o mercado em uma reunião na próxima semana.
Os membros da OPEP, liderados pela Arábia Saudita e outros grandes exportadores do Oriente Médio, participarão de uma reunião com os produtores não OPEP, liderados pela Rússia, nas negociações informais na Argélia, entre 26 e 28 de setembro.
De acordo com especialistas do mercado, as chances de que a reunião renderia qualquer ação para reduzir o excesso mundial pareceram mínimas. Em vez disso, a maioria acredita que os produtores de petróleo continuarão monitorando o mercado e, possivelmente, adiarão as negociações para o congelamento até a reunião oficial da OPEP em Viena, em 30 de novembro.
Uma tentativa conjunta de congelar os níveis de produção no início deste ano falhou após a Arábia Saudita ter recuado em decorrência da recusa do Irã de participar da iniciativa, ressaltando a dificuldade dos rivais políticos em chegar a um consenso.
O mercado também está aguardando o resultado da reunião do Banco Central dos EUA (Fed) nesta quarta-feira para novas dicas sobre o comércio.
O Banco do Japão manteve as taxas inalteradas em -0,1% em sua última reunião e anunciou que modificaria sua estrutura política, marcando a mais recente tentativa de impulsionar a inflação.
Entre as mudanças, o BOJ disse que vai inserir controles da curva de rendimento, eliminar a faixa de vencimento das compras de títulos e abandonar suas metas de base monetária.