Por Nicole Jao
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo fecharam quase estáveis nesta segunda-feira, mas registraram uma perda de 17% no terceiro trimestre, diante de preocupações com a desaceleração da demanda global que ofuscaram temores de que um conflito crescente no Oriente Médio poderia reduzir a oferta.
Os futuros do petróleo Brent para entrega em novembro, que expirou nesta segunda-feira, caíram 0,21 dólar para fechar a 71,77 dólares o barril. Enquanto isso, o contrato Brent mais negociado para entrega em dezembro subiu 0,27 dólar a 71,81 dólares.
O índice de referência global registrou uma queda de 9% em setembro, seu maior declínio mensal desde novembro de 2022, e depois de cair pelo terceiro mês consecutivo, recuou 17% no terceiro trimestre, sua maior perda trimestral em um ano.
Os futuros do petróleo nos Estados Unidos West Texas Intermediate (WTI) caíram 0,01 dólar a 68,17 dólares. Em setembro o contrato caiu 7%, em seu maior declínio mensal desde outubro de 2023, e recuou 16% em sua maior queda trimestral desde o terceiro trimestre de 2023.
Na segunda-feira, os preços foram apoiados pela possibilidade de que o Irã, um importante produtor e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, possa ser diretamente envolvido em um conflito crescente no Oriente Médio.
Desde a semana passada, Israel intensificou suas ações, conduzindo ataques que mataram líderes do Hezbollah e do Hamas no Líbano e atingiram alvos Houthi no Iêmen. Os três grupos são apoiados pelo Irã.
O mercado está avaliando se o conflito no Oriente Médio se espalhará pela região, disse Tim Snyder, economista da Matador Economics.
Os preços do petróleo tiveram uma resposta moderada ao anúncio feito por Pequim na semana passada sobre medidas de estímulo fiscal na segunda maior economia do mundo e maior importadora de petróleo.
Os operadores questionam se as medidas serão suficientes para impulsionar a demanda mais fraca do que o esperado da China até agora neste ano. Preocupações sobre o aumento do fornecimento global de petróleo também estão pesando nos preços do mês.
(Reportagem de Nicole Jao e Laila Kearney em Nova York, Paul Carsten em Londres, Gabrielle Ng e Katya Golubkova)