Bitcoin balança com geopolítica e volatilidade cresce após fala de Trump
Investing.com – As cotações do petróleo recuavam na manhã desta quarta-feira, após ensaiarem alta durante a sessão asiática, diante de expectativas renovadas em relação ao comércio internacional e de um novo recuo nos estoques americanos da commodity.
Às 7h15 de Brasília, os contratos futuros do Brent com entrega em setembro caíam 0,64%, sendo negociados a US$ 68,15 por barril. Já os contratos do West Texas Intermediate (WTI) tinham queda de 0,67%, para US$ 64,88 o barril.
O movimento ocorre após três sessões consecutivas de baixa, período marcado por tensões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia e pela proximidade do prazo de 1º de agosto, quando devem entrar em vigor novas tarifas determinadas pelo presidente Donald Trump.
Acordo com Japão reforça projeções para a economia global
Na véspera, Trump anunciou que Washington e Tóquio chegaram a um amplo entendimento comercial, que inclui uma tarifa de 15% sobre produtos japoneses importados, percentual inferior aos 25% propostos anteriormente.
O pacto prevê um aporte de US$ 550 bilhões do Japão na economia americana, além da abertura de mercado para exportações dos EUA, como automóveis, produtos agrícolas e energéticos. A sinalização de maior fluidez nas trocas internacionais trouxe otimismo em relação à atividade econômica global e ao comportamento da demanda por petróleo.
Trata-se do mais amplo acordo já fechado pela Casa Branca no atual ciclo de negociações comerciais, a poucos dias do prazo para implementação de tarifas adicionais contra parceiros estratégicos.
Participantes do mercado de energia interpretaram esse avanço como um fator capaz de estimular a atividade econômica, o que tende a elevar o consumo de petróleo em escala global.
Estoques americanos registram queda inesperada, segundo API
Além do noticiário positivo sobre o comércio, o American Petroleum Institute (API) informou uma redução de 577 mil barris nos estoques de petróleo dos EUA na semana encerrada em 18 de julho, revertendo a elevação expressiva de 19,1 milhões de barris observada na semana anterior.
O movimento foi interpretado como um possível sinal de recuperação da demanda por combustíveis, especialmente no auge da temporada de viagens de verão no Hemisfério Norte.
Os estoques de gasolina encolheram em 1,2 milhão de barris, enquanto os de destilados, categoria que inclui diesel e óleo de aquecimento, cresceram em aproximadamente 3,48 milhões de barris.
"Isso deve aliviar parcialmente as pressões sobre o mercado de destilados médios, que permanece tensionado", destacaram analistas do ING em relatório.
O relatório oficial da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) será divulgado ainda nesta quarta-feira, e o mercado acompanha com atenção em busca de validação dos números preliminares.