Investing.com - Com níveis de oferta que considera amplos e adequados, apesar das recentes tendências robustas de demanda, o Julius Baer diz enxergar volatilidade nos mercados daqui para frente e reduziu a meta de curto prazo para US$75 por barril.
Para o banco suíço, o mercado de petróleo segue “surpreendentemente calmo”, apesar das pressões com dados da economia americana menos otimistas do que o esperado.
Além disso, segundo Norbert Rücker, diretor de economia e pesquisa da próxima geração do Julius Baer, “a narrativa de aperto na oferta devido ao consumo crescente permanece sob escrutínio e silencia as vozes otimistas”.
De acordo com Rücker, ainda que haja riscos de recessão, as preocupações seriam menos emocionais do que no começo de 2023, com a turbulência após a crise bancária.
“Enquanto a maioria dos segmentos relacionados ao risco dos mercados financeiros ganhou nos últimos meses, o petróleo continuou a cair, sugerindo que existem fatores específicos do petróleo em jogo, além das expectativas econômicas mais amplas”, avalia.
O especialista do banco detalha que os níveis de armazenamento da commodity estão de acordo com muitos fatores sazonais e demonstram restrições. O consumo no mundo ocidental e na China teria subido devido à temporada de verão e reabertura, mas não houve efeitos mais acentuados.
Na visão do banco, a produção tende a apresentar trajetória de crescimento robusto na América do Norte, um pouco na América do Sul e no Irã. “As nações petrolíferas e especialmente a Arábia Saudita provavelmente permanecerão nervosas com os atuais níveis de preços do petróleo, se não forem provocadas pela rejeição do mercado aos últimos ajustes na política do petróleo. O humor do mercado parece bastante pessimista e garante riscos de reversão”, completa.
Às 14h54 (de Brasília), os futuros do petróleo brent caíam 0,74%, a US$73,59 o barril, enquanto os do petróleo WTI perdiam 0,82%, a US$68,94.