Investing.com - A cotação do petróleo registrava ganhos nesta quarta-feira e estava próxima de seu nível mais forte em torno de três anos após dados mostrarem que os estoques de petróleo norte-americanos tiveram redução maior do que se esperava na semana passada.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 4,9 milhões de barris na semana que se encerrou em 5 de janeiro. Isso se compara às expectativas dos analistas de que os estoques de petróleo bruto tivessem redução de 3,9 milhões de barris, ao passo que o Instituto Americano de Petróleo informou na terça-feira uma diminuição de 11,2 milhões de barris no abastecimento.
O estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve redução de 2,4 milhões de barris na última semana, informou a EIA.
O total dos estoques de petróleo bruto nos EUA ficou em 419,5 milhões de barris na semana passada, o que a EIA considera ser próximo do limite superior da faixa média para esta altura do ano.
A produção de petróleo teve redução de 290.000 barris por dia e totalizou 9,49 milhões de barris por dia.
O relatório mostrou que os estoques de gasolina tiveram aumento de 4,3 milhões de barris, muito maior do que as expectativas de aumento de 2,6 milhões de barris. No caso de estoques de destilados, incluindo diesel, a EIA relatou um aumento de 4,3 milhões de barris.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate tinham ganhos de US$ 0,32, ou cerca de 0,5%, e o barril era negociado a US$ 63,28 às 13h40. Antes da divulgação dos dados dos estoques, a cotação estava em torno de US$ 63,34.
Enquanto isso, contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, tinham cotação de US$ 68,95 o barril, alta de US$ 0,11 a partir de seu último fechamento. Mais cedo, o contrato chegou ao seu melhor nível desde maio de 2015.
O preço do petróleo continua a subir devido aos esforços para reduzir a produção conduzidos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e pela Rússia. Em dezembro, os produtores concordaram em estender os atuais cortes na produção de petróleo até o final de 2018.
O pacto para cortar a produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia foi adotado no último inverno pela Opep, Rússia e outros nove produtores globais. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.