O petróleo fechou em alta, em meio à desvalorização do dólar no exterior e aos conflitos no Mar Vermelho, que representam risco à oferta.
Na New York Mercantile Exchange, o WTI para fevereiro fechou em alta de 1,53% (US$ 1,12), a US$ 73,94 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro subiu 1,64% (US$ 1,28), a US$ 79,23 por barril.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou na segunda-feira à noite que o país, junto a outras nações, lançou uma iniciativa para garantir segurança a navios no Mar Vermelho. O anúncio ocorreu na esteira dos recentes ataques a embarcações na região, atribuídos aos Houthi, que controlam o Iêmen. As ofensivas fizeram petroleiras e empresas de transporte marítmo desviarem as rotas de seus navios para longe da área.
A possibilidade de interrupção logística no fornecimento de petróleo tende a apoiar os preços. Além disso, a chance de envolvimento de países responsáveis por grandes produções de petróleo - sobretudo o Irã - vem sendo um dos riscos mais monitorados para a oferta de global desde o estopim do conflito entre Israel e Hamas, em outubro.
"Embora no curto prazo qualquer choque de preços relacionado à tensão Mar Vermelho seja provavelmente temporário, se a situação se tornar mais permanente ou se agravar, poderemos ver os preços continuarem a subir", comentou o analista Michael Hewson, da CMC Markets.
O enfraquecimento do dólar ante moedas fortes e emergentes também apoia a cotação do petróleo, à medida que torna a commodity mais barata - e, portanto, mais atrativa - para operadores de outras divisas.