Os contratos futuros de petróleo registraram ganho, nesta sexta-feira, em sua terceira sessão consecutiva em território positivo. Hoje, já havia alta na commodity no início do dia, e o fôlego foi apoiado diante da fraqueza do dólar, com investidores atentos a indicadores dos Estados Unidos e suas implicações para a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). No primeiro semestre, porém, os contratos perderam cerca de 12%.
O contrato do WTI para agosto fechou em alta de 1,12% (US$ 0,78), em US$ 70,64 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, o WTI subiu 2,14%, e no mês teve ganho de 3,75%, mas no semestre exibiu queda de 11,99%.
Já o Brent para setembro subiu 1,21% (US$ 0,90), a US$ 75,41 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, o Brent teve alta de 1,89%, no mês ele ganhou 3,87%, porém em todo o primeiro semestre recuou 12,22%.
O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,1% em maio ante abril, em linha com a previsão dos analistas ouvidos pela FactSet, com alta de 3,8% na comparação anual. O núcleo do PCE avançou 0,3% na leitura mensal, abaixo do avanço de 0,4% projetado, com alta de 4,6% na comparação anual, ante expectativa de avanço de 4,7%. Após o dado, o dólar perdeu força. A queda nas expectativas de inflação na pesquisa da Universidade de Michigan contribuiu para o movimento do câmbio.
O dólar mais fraco torna a commodity mais barata para os detentores de outras divisas, o que apoia a demanda. Na agenda do dia, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA caiu 1 na semana, a 545, segundo levantamento da Baker Hughes, que presta serviços no setor.
A Navellier afirma que a China tem quadro de fraqueza econômica, após a publicação de leitura do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria do país veio abaixo do esperado, na leitura oficial. Segundo ela, porém, isso é contrabalançado pela demanda nos EUA por petróleo, "robusta" neste momento, com os estoques americanos perto das mínimas em cinco anos.