Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 7, em sessão volátil, marcada pela divulgação de dados que mostraram queda nos estoques da commodity nos Estados Unidos na última semana. O mercado segue observando o panorama sobre a recuperação da demanda, e, pelo lado da oferta, ainda observa os potenciais desdobramentos das mais recentes notícias sobre produção de exportadores.
O barril do petróleo WTI para maio avançou 0,74% (+US$ 0,44), aos US$ 59,77, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o do Brent para junho teve alta de 0,67% (+US$ 0,42), a US$ 63,16, na Intercontinental Exchange (ICE).
O petróleo começou a sessão em alta, após o American Petroleum Institute (API) estimar, no fim da tarde de ontem, que o volume de estoque do ativo energético nos EUA teve queda de 2,6 milhões de barris na última semana. No entanto, o cenário se reverteu ao longo da manhã, e os contratos futuros de petróleo ampliaram as perdas após o Departamento de Energia (DoE) dos EUA informar alta inesperada de 4,044 milhões de barris de gasolina nos estoques do país, contrariando previsão de queda em 900 mil barris.
O Commerzbank avalia que o mercado segue "altamente volátil". Investidores "provavelmente estão tentando inicialmente encontrar seu rumo, apesar de um ambiente favorável aos preços, com os dados econômicos dos EUA alimentando otimismo sobre a recuperação da demanda". Ao final da sessão, o petróleo passou a operar no terreno positivo.
Em um das publicações mais aguardadas pelo mercado na sessão, a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed) informou que os dirigentes removeram a referência aos preços do petróleo entre os fatores que pressionam para baixo a inflação, uma vez que os preços da commodity energética "essencialmente reconstituíram seus declínios relacionados à pandemia".
A Capital Economics avalia que a recente decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de aumentar suas cotas de produção e a perspectiva de maior exportação iraniana, em virtude das tratativas pela retirada de sanções e de um acordo com a China, apontam "para um déficit do mercado global de petróleo menor este ano do que havíamos previsto anteriormente". No entanto, o déficit persistente "significa que ainda esperamos que os preços do petróleo aumentem no segundo e terceiro trimestre".