Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 27, após o inesperado salto nos estoques da commodity nos Estados Unidos amplificar os temores em relação à demanda.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para maio encerrou a sessão em baixa de 0,33% (US$ 0,27), a US$ 81,35. Já o do Brent para junho negociado na Intercontinental Exchange (ICE) caiu 0,26% (US$ 0,22), a US$ 85,41.
A pressão sobre o ativo prevaleceu desde a madrugada, horas depois de o American Petroleum Institute (API) estimar um avanço de 9,3 milhões de barris nos estoques americanos de petróleo na semana encerrada em 22 de março.
O movimento se confirmou no final da manhã, quando o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou um aumento de 3,165 milhões de barris nos inventários nos EUA. O número contrariou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam redução de 1,2 milhão de barris.
No lado da oferta, investidores aguardam a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+), marcada para 3 de abril. Conforme relatos de múltiplos veículos da imprensa estrangeira, o cartel deve manter a produção petrolífera inalterada, o que contribui para o sinal negativo das cotações.
Para a chefe de Dinheiro e Mercados da Hargreaves (LON:HRGV) Lansdown, Susannah Streeter, essa questão segue no foco das mesas de operações. "Novos ataques dos rebeldes Houthi no Mar Vermelho nos últimos dias e a ausência de um cessar-fogo em Gaza deverão ajudar a manter um piso para os preços", projeta.