Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa, nesta quarta-feira, 12. Investidores monitoraram o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), além de outras notícias do setor, como notícias sobre a produção da Rússia e eventuais retaliações dos Estados Unidos contra a Arábia Saudita, após a Opep e aliados (Opep+) anunciarem corte na produção.
O petróleo WTI para novembro fechou em baixa de 2,33% (US$ 2,08), a US$ 87,27 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro recuou 1,95% (US$ 1,84), a US$ 92,45 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
A Opep cortou sua projeção para a demanda global por petróleo em 2022, de 3,1 milhões a 2,6 milhões de barris por dia (bpd). Além disso, reduziu a expectativa para o crescimento na oferta de fora do grupo no ano atual, de 2,1 milhões a 1,9 milhão de bpd.
O relatório do cartel contribuiu para a fraqueza de hoje. Houve ainda dado de inflação ao produtor acima do esperado nos EUA, o que tende a reforçar apostas de altas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), com consequente impacto negativo na atividade.
Ainda nos EUA, o presidente Joe Biden ameaçou a Arábia Saudita com "consequências", após a Opep+ cortar sua produção, quando os americanos têm atuado para reduzir os preços do petróleo. Já na Rússia, o presidente Vladimir Putin disse que pretende manter os níveis de exportação e produção de petróleo até 2025.