O petróleo fechou em baixa, devolvendo os ganhos registrados mais cedo, com o fortalecimento do dólar no exterior e a cautela com as perspectivas para o crescimento diante dos sinais de juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos. O mercado também se ressentiu diante das turbulências no setor imobiliário chinês, que induzem incertezas sobre a demanda do país asiático.
O contrato do WTI para novembro recuou 0,39% (US$ 0,35), em US$ 89,68 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro cedeu 0,09% (US$ 0,08), a US$ 91,88 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
"O 'rei' dólar continuará como um vento contrário para o petróleo, mas isso pode não durar muito mais tempo. As apostas de fundos de hedge no petróleo estão ficando congestionadas, já que os dados mais recentes mostram que as apostas otimistas estão nos níveis mais altos desde fevereiro de 2022", escreveu Edward Moya, analista sênior de mercado da Oanda. Moya observou que, à medida que aumentam os riscos do petróleo a US$ 100 o barril, os traders de energia aguardam um novo catalisador.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) prevê abrandamento do crescimento do consumo durante o outono e o inverno no Hemisfério Norte, mas considera improvável que os preços mais elevados do petróleo provoquem uma diminuição dos gastos dos consumidores e do PIB dos Estados Unidos. O banco considera pequena a magnitude do aumento do preço do petróleo e acredita que o aumento dos preços da gasolina deverá ser parcialmente compensado por investimentos mais elevados no setor da energia e por preços mais baixos da eletricidade. Para o banco, é pouco provável que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aperte a política monetária em resposta aos preços mais elevados do petróleo, segundo relatório assinado por analistas, incluindo Jan Hatzius.