Voláteis durante a sessão, os preços do petróleo fecharam sem direção única. O anúncio de medidas de apoio econômico na China deu algum suporte à commodity - mas a dúvida de alguns analistas sobre se os estímulos expansionistas serão suficientes para impulsionar a demanda da segunda maior economia do mundo limitou os ganhos. Assim, em dia de liquidez reduzida por feriado no Reino Unido, o WTI terminou o pregão com alta modesta e o Brent, em leve baixa.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em alta de 0,33% (US$ 0,27), a US$ 80,10 o barril. O petróleo Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,09% (US$ 0,08), a US$ 83,87 o barril.
"O petróleo WTI é negociado perto de US$ 80 após medidas anunciadas pela China, fato que ofusca até o momento o temor de juros mais altos e por mais tempo nos EUA e na zona do euro e aumento da oferta, com especulação de relaxamento das sanções contra Irã e Venezuela", disse a Wagner Investimentos em relatório.
O governo chinês informou ontem, 27, que vai reduzir pela metade o imposto sobre as transações no mercado de ações, com o objetivo de restaurar a confiança dos investidores na Bolsa de Xangai. No entanto, ainda pesa sobre o sentimento os recentes dados que indicaram desaceleração econômica do gigante asiático. O banco Inter, por exemplo, avalia que o arrefecimento do varejo e da produção industrial, a deflação do consumidor e outros indicadores desfavoráveis apontam que a China está em uma "recessão de balanço". Esse é um fenômeno em que empresas e consumidores, em vez de gastar, utilizam recursos para pagar dívidas.
Nos noticiários, os investidores acompanharam ontem a colisão de um cruzeiro de turistas com um navio-tanque de petróleo no porto de Palma de Mallorca, na Espanha. O rescaldo do incêndio que atingiu a refinaria da Marathon Petroleum em Louisiana, nos EUA, na sexta-feira, 25, também continua em foco, à medida que impacta a produção do óleo.