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Petróleo fica abaixo de US$ 92 após a divulgação de dados dos EUA

Publicado 18.10.2012, 11:07
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Investing.com – Os contratos futuros de petróleo bruto ficaram sob forte pressão de venda durante as negociações norte-americanas da manhã desta quinta-feira, uma vez que os investidores digeriram dados que mostraram que, na semana passada, os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram pela primeira vez para o maior nível desde meados de julho, ao passo que a atividade manufatureira na região da Filadélfia cresceu pela primeira vez em seis meses.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de petróleo leve doce para entrega em dezembro foram negociados a US$ 91,30 o barril durante as negociações norte-americanas da manhã, caindo1,4%.

O contrato de dezembro caiu até 1,6% no início da sessão, para US$ 91,13 por libra-peso, a baixa diária e o nível mais fraco desde 15 de outubro.

Em um relatório, o Federal Reserve Bank da Filadélfia informou que em outubro seu índice de manufatura melhorou 7,6 pontos, para 5,7, de uma leitura de -1,9 em setembro.

Os analistas esperavam que o índice melhorasse em 2,9 pontos, para uma leitura de 1,0 em outubro.

O relatório foi divulgado após o Ministério do Trabalho dos EUA ter informado que o número de indivíduos entrando com pedido inicial de auxílio-desemprego na semana passada cresceu 46.000, para um ajuste sazonal de 388.000, comparado com as previsões de um aumento de 23.000, para 365.000.

Os números da semana anterior foram revistos para cima, para 342.000, de 339.000 relatados anteriormente, que foi a menor leitura desde fevereiro de 2008.

Os EUA são o maior consumidor mundial de petróleo, responsáveis por quase 22% da demanda global de petróleo.

Os mercados estão agora aguardando o início de uma reunião de dois dias da União Europeia (UE), na tarde de hoje, embora nenhum anúncio importante sobre a Espanha ou a Grécia seja aguardado.

A Espanha viu o rendimento dos títulos públicos de 10 anos cair para o menor nível desde abril em um leilão da dívida do governo realizado no início do dia, uma vez que os investidores compraram a dívida do país nas expectativas de que a Espanha esteja prestes a solicitar um resgate financeiro.

Os traders estavam prevendo para o mês passado que o governo espanhol solicitaria um resgate financeiro completo.

Um resgate financeiro permitiria que o BCE intervisse e comprasse a dívida soberana espanhola, o que resultaria na redução dos custos do endividamento do país. Mas a Espanha está relutante em fazer isso porque podem haver certas medidas sobre seu orçamento.

Os preços ficaram entre modestas perdas e ganhos durante o pregão asiático, uma vez que os investidores digeriram os dados que mostraram que a economia chinesa cresceu no menor ritmo desde o primeiro trimestre de 2009.

Dados oficiais divulgados anteriormente mostraram que a economia da China cresceu 7,4% no terceiro trimestre em comparação com um ano antes, abaixo dos 7,6% atingidos nos três meses anteriores.

Esta foi a leitura de produto interno bruto (PIB) mais fraca desde o primeiro trimestre de 2009 e o sétimo trimestre consecutivo de crescimento menor.

A China é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo depois dos EUA e tem sido o motor do fortalecimento da demanda.

Os participantes do mercado também continuaram focando as tensões cada vez maiores entre a Síria e a Turquia, e a possibilidade de que o Irã pode apoiar a Síria nessa disputa.

As tensões entre os dois países vêm crescendo desde que granadas sírias mataram na semana passada cinco pessoas em uma vila na fronteira turca.

Os países do Oriente Médio e Norte da África eram responsáveis por 36% da produção mundial de petróleo e detinham 52% das reservas provadas em 2011.

Na ICE Futures Exchange, os futuros de petróleo Brent para entrega em dezembro caíram 1,3%, para US$ 111,75 o barril, com o spread entre os contratos Brent e de petróleo bruto ficando em US$ 20,45 o barril.

Os preços do Brent negociado em Londres ficaram apoiados nas últimas sessões, uma vez que uma combinação de preocupações persistentes com uma interrupção no abastecimento vindo do Oriente Médio e que as preocupações com uma produção reduzida na região do Mar do Norte impulsionaram os preços.

Apesar dos ganhos recentes, o Goldman Sachs reduziu sua previsão do preço do petróleo de 2013 para US$ 110 por barril, em comparação com uma estimativa anterior de US$ 130 por barril.

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