Investing.com - Os preços do petróleo voltaram a ser cotados acima de US$ 50 nesta quinta-feira, antes da reunião entre membros da Opep e outros produtores para acertar os detalhes do plano de corte de produção.
O petróleo bruto americano estava sendo negociado a US$ 50,36 o barril, às 13h13, no horário de Brasília, marcando alta de US$ 0,59, ou 1,21%, frente a seu último fechamento.
O Brent futuro, petróleo que é referência mundial, marcou US$ 53,52, um avanço de US$ 0,53, ou 1,08%.
A Opep anunciou na última semana um acordo de corte de produção de 1,2 milhão de barris por dia a partir de janeiro de 2017.
Os produtores de petróleo se reúnem em Viena, neste sábado, para definir se países que não são membros da organização, incluindo a Rússia, cortarão a produção em mais 600.000 bpd.
A Rússia se comprometeu a reduzir "gradualmente" a produção em 300.000 barris por dia no próximo ano.
No entanto, surgiram dúvidas quanto à eficácia dos cortes no processo de reequilíbrio do mercado e na redução do excesso de oferta que vem causando queda nos preços há mais de dois anos.
A produção de petróleo vem superando o consumo em um a dois milhões barris por dia desde o fim de 2014.
Mesmo com o acordo da Opep levando os preços do petróleo até a máxima de 16 meses nesta semana, alguns participantes do mercado continuam céticos quanto à capacidade dos maiores produtores de respeitar os limites de produção.
A Opep e a Rússia relataram que a produção atingiu recordes desde o anúncio do acordo, gerando receio de que o excesso de oferta possa perdurar em 2017.
Alguns analistas também alertaram que o corte fará com que outros produtores, especialmente as perfuradoras de xisto nos EUA, aumentem sua produção devido ao aumento dos preços.
Enquanto isso, a Administração de Informações Energéticas dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês) relatou, na quarta-feira, que houve uma redução de 2,4 milhões de barris dos estoques de petróleo nos EUA na semana passada, valor este superior às expectativas.
Entretanto, um aumento de 3,8 milhões de barris de petróleo bruto americano no centro de distribuição de Cushing, Oklahoma compensou a diminuição dos estoques.
Os estoques de gasolina e outros destilados também registraram aumento considerável, de 3,4 milhões de barris para a gasolina e 2,5 milhões de barris para os destilados.