Mercado reduz previsão de inflação este ano a 5,05% e vê superávit comercial menor em 2025 e 2026
Investing.com – Os preços do petróleo registravam estabilidade no início desta segunda-feira, após fortes perdas na semana passada, enquanto investidores monitoram as negociações entre Estados Unidos e Rússia que podem sinalizar avanço para uma solução diplomática no conflito na Ucrânia.
Indicadores mais fracos de inflação na China, maior importadora global da commodity, também pressionaram os preços, reforçando a percepção de demanda enfraquecida. Os dados somam-se a uma sequência de resultados econômicos modestos nas últimas semanas, mantendo o viés negativo para o consumo futuro de petróleo.
Os contratos futuros do Brent para outubro subiam 0,15%, a US$ 66,69 por barril, enquanto o WTI avançava 0,8%, para US$ 63,93 por barril. Ambos os benchmarks encerraram a semana passada com queda superior a 4%.
Cúpula EUA-Rússia ocorre em meio a pressão sobre compradores de petróleo
Washington e Moscou agendaram para 15 de agosto uma reunião entre o presidente Donald Trump e o presidente russo Vladimir Putin para discutir o fim da guerra na Ucrânia.
O encontro acontece no momento em que os EUA intensificam as restrições às exportações de petróleo da Rússia, mirando especialmente China e Índia, seus maiores clientes.
Trump elevou tarifas para até 50% contra a Índia a fim de desencorajar a compra de petróleo russo e ameaçou adotar medida similar em relação à China.
Apesar de trazer algum suporte pontual às cotações na semana passada, essas medidas foram acompanhadas de tarifas mais amplas contra parceiros comerciais relevantes, alimentando receios de desaceleração na demanda global.
Inflação chinesa decepciona e IPC dos EUA ganha relevância
O índice de preços ao consumidor da China ficou estável em julho, enquanto o índice de preços ao produtor recuou além das previsões, evidenciando pressão deflacionária persistente no maior comprador mundial de petróleo.
Os resultados seguem uma série de indicadores econômicos modestos e indicam efeito limitado das medidas de estímulo anunciadas por Pequim, mesmo após a redução de tensões comerciais com Washington. Condições climáticas adversas em julho também podem ter contribuído para a perda de dinamismo da economia chinesa.
Nos EUA, o mercado aguarda a divulgação, nesta terça-feira, do IPC de julho. Caso a leitura mostre desaceleração da inflação, crescem as apostas em um corte de juros pelo Federal Reserve em setembro.
Os números também devem oferecer pistas sobre a trajetória de preços no maior consumidor global de combustíveis, que enfrenta riscos adicionais de alta devido às tarifas impostas pelo governo Trump.