Investing.com - Os preços do petróleo foram negociados em forte queda no pregão europeu nesta terça-feira, ampliando as perdas após a Agência Internacional de Energia ter alertado aos mercados que excesso de oferta provavelmente continuará no próximo ano devido a uma diminuição da demanda.
A AIE esperava anteriormente que o mercado não mostrasse excesso no segundo semestre deste ano.
No relatório mensal divulgado no início da sessão, a AIE cortou drasticamente sua projeção para a demanda mundial de petróleo para este ano e o próximo em meio a uma demanada "instável" da Ásia.
A agência com sede em Paris rebaixou suas projeções de demanda mundial de petróleo em aproximadamente 100.000 barris por dia para este ano para 1,3 milhão de barris por dia. As projeções foram também reduzidas em cerca de 200.000 barris por dia em 2017.
"Os pilares recentes do crescimento da demanda, a China e a Índia, estão oscilando", disse a agência.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em novembro caíram 89 centavos, ou 1,84%, sendo negociados a US$ 47,42 por barril, às 04h17 ET (08h17 GMT). Na véspera, os futuros do Brent negociados subiram 31 centavos, ou 0,65%.
Enquanto isso, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em outubro caiu 99 centavos, ou 2,14%, e foi negociado a US$ 45,31 por barril. Na segunda-feira, os futuros da Nymex ganharam 41 centavos, ou 0,89%.
Os traders de petróleo continuaram avaliando as perspectivas de que as principais nações produtoras de petróleo congelarão a produção para apoiar o mercado em uma reunião no final deste mês.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo, liderada pela Arábia Saudita e outros grandes exportadores do Oriente Médio, participará em uma reunião com os produtores não OPEP, liderados pela Rússia, nas negociações informais na Argélia, entre 26 e 28 de setembro.
As chances de que a próxima reunião renderia qualquer ação para reduzir o excesso mundial pareceram mínimas, de acordo com especialistas do mercado. Em vez disso, a maioria acredita que os produtores de petróleo continuarão monitorando o mercado e, possivelmente, adiarão as negociações para o congelamento até a reunião oficial da OPEP em Viena, em 30 de novembro.
Uma tentativa conjunta de congelar os níveis de produção no início deste ano falhou após a Arábia Saudita ter recuado em decorrência da recusa do Irã de participar da iniciativa, ressaltando a dificuldade dos rivais políticos em chegar a um consenso.