MDNE3: Moura Dubeux bate consenso de receita e lucro no 2T25; rali continua?
Investing.com – Os contratos futuros do petróleo operavam em alta na manhã desta sexta-feira, após recuos expressivos no pregão anterior, em meio à crescente aversão ao risco gerada por novas ameaças tarifárias dos Estados Unidos e às incertezas sobre os próximos passos da política de oferta da Opep+.
Às 8h50 de Brasília, o barril do Brent para setembro subia 1,01%, negociado a US$ 69,33, enquanto o barril do WTI (West Texas Intermediate) avançava 1,25%, para US$ 67,39. Ambos os contratos haviam recuado cerca de 2% na quinta-feira, após tocarem máximas em duas semanas no início da semana.
Trump amplia ofensiva tarifária e pressiona expectativa de demanda
O presidente norte-americano Donald Trump anunciou que, a partir de 1º de agosto, entrará em vigor uma tarifa de 35% sobre importações canadenses, com possibilidade de elevação caso o Canadá reaja com contramedidas. A medida intensifica a escalada protecionista recente, que já inclui tarifas de 25% sobre produtos da Coreia do Sul e do Japão, além de uma alíquota de 50% sobre importações de cobre.
Esse movimento acende alertas quanto ao impacto no comércio internacional e no custo das cadeias produtivas, elementos que tradicionalmente afetam a demanda por combustíveis, sobretudo em setores como transporte e indústria. Em relatório divulgado nesta semana, analistas do ING alertaram que "as tarifas seguem representando um risco relevante de retração para o mercado".
Opep+ avalia pausa nos aumentos de produção após agosto
Segundo informações da Bloomberg, a Opep+ avalia suspender novos aumentos de produção após a elevação prevista para agosto, quando o grupo deverá concluir a recomposição de 2,2 milhões de barris por dia ao mercado, com um acréscimo final de 550 mil barris no próximo mês.
Apesar da retomada gradual de oferta, a própria Opep reduziu na quinta-feira suas projeções de crescimento da demanda global para os próximos quatro anos, citando a desaceleração da economia chinesa como fator principal.
Para os analistas do ING, “o retorno da oferta da Opep+ deve manter o mercado relativamente equilibrado no curto prazo, mas o excedente esperado para o quarto trimestre tende a pressionar os preços de forma mais estrutural até o fim do ano”.