Por Peter Nurse
Investing.com - Os preços do petróleo bruto subiam fortemente na terça-feira (2), atingindo máximas de vários meses, ajudados pelos sinais de uma recuperação econômica global juntamente com a restrição da oferta dos principais produtores.
Às 12h22 (horário de Brasília), os futuros do petróleo dos EUA subiam 3%, a US$ 55,17 o barril, acima de US$ 55 pela primeira vez desde janeiro de 2020, enquanto os futuros do Brent subiam 2,9%, a US$ 57,95 o barril.
Os futuros da gasolina subiam 2,2%, para US$ 1,6284 o galão.
A produção de petróleo da Opep aumentou em janeiro, de acordo com uma pesquisa da Reuters, com o grupo produzindo 25,75 milhões de barris por dia, um aumento de 160 mil bpd em relação a dezembro.
No entanto, esse crescimento foi menor do que o esperado e indicou que os principais produtores estavam mostrando alguma contenção, apesar dos preços mais altos, depois que concordaram no início de janeiro em reduzir ainda mais as restrições à oferta.
Na terça-feira, o Comitê Técnico Conjunto da Opep afirmou que a demanda mundial de petróleo provavelmente terá diminuído em 9,72 milhões de bpd em 2020, mas deverá aumentar em 5,60 milhões de bpd este ano.
Os dados de crescimento da zona do euro, divulgados na terça-feira pelo escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat, mostraram que a economia da região contraiu menos do que o esperado no quarto trimestre de 2020 em meio a bloqueios induzidos pela pandemia.
Embora o Eurostat veja um declínio mais acentuado no primeiro trimestre deste ano, a União Europeia previu um aumento no fornecimento doméstico de vacinas contra a Covid-19 durante o segundo trimestre, aumentando assim o potencial para uma forte recuperação no crescimento.
Os EUA relataram 4% de crescimento anualizado no último trimestre de 2020 na semana passada, enquanto o PIB da China expandiu 6,5% no quarto trimestre de 2020.
Em notícias corporativas, a gigante do petróleo BP (NYSE:BP) (SA:B1PP34), com sede no Reino Unido, relatou um pequeno lucro de US$ 115 milhões no quarto trimestre, resultando em um prejuízo anual de US$ 5,7 bilhões, o primeiro em uma década.
O CEO Bernard Looney também sinalizou um início fraco para 2021, mas acrescentou que a demanda por petróleo ainda deve se recuperar em 2021, com os estoques globais voltando à média de cinco anos até o meio do ano.
A Exxon Mobil (NYSE:XOM) (SA:EXXO34) também relatou sua primeira perda anual em 40 anos. Ainda assim, fez questão de garantir que manteria seus dividendos trimestrais, cortando seu programa de capital de 2021 para entre US$ 16 bilhões e US$ 19 bilhões, ante meta de 2020 de US$ 23 bilhões.
Os investidores agora aguardam os dados de oferta de petróleo do American Petroleum Institute, com entrega prevista para terça-feira, especialmente após a grande queda da semana passada.