Os preços do petróleo voltaram a subir nesta segunda-feira, 15, e se firmam na casa de US$ 60 por barril, com o clima frio intenso na Costa do Golfo dos EUA e as tensões no Oriente Médio intensificando a demanda pela commodity.
No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato para março do WTI foi negociado a US$ 60,12 por barril, em alta de 1,09%, enquanto na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para abril subiu 1,39%, a US$ 63,30 por barril.
De acordo com o ING, o frio extremo no Texas levanta preocupações de que possa haver interrupções no fornecimento, com possíveis fechamentos de poços e problemas logísticos. Ao mesmo tempo, os sinais de tensões no Oriente Médio contribuem para o avanço dos preços. No fim de semana, a Arábia Saudita alegou ter interceptado no Iêmen um drone carregado com explosivos supostamente lançado por rebeldes Houthi apoiados pelo Irã. O Irã, por sua vez, acusou hoje os EUA de "ato de pirataria", pelo fato de o país ter apreendido este mês um carregamento de petróleo originário de Teerã.
Além disso, o Commerzbank observa que o número de posições compradas líquidas detidas por investidores institucionais no WTI subiu na semana passada para quase 370 mil contratos - o maior nível desde julho de 2020. A posição comprada em Brent, de acordo com o banco alemão, está na máxima em 12 meses. Isto num cenário em que o mercado físico parece equilibrado, segundo a instituição, com boa demanda na Ásia e um renascimento da demanda dos EUA - diante da expectativa de mais uma rodada de apoio fiscal no país - por um lado e, de outro, a contínua boa disciplina de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que mantém a oferta restrita.