Investing.com - O petróleo voltou a operar acima dos US$ 40/barril com a percepção dos investidores de que a produção de petróleo dos EUA pode cair ainda mais com o enfraquecimento das atividades de perfuração.
Às 16h20, o petróleo era negociado a US$ 40,44, alta de 1,8%, enquanto o Brent era vendido a US$ 42,90, +2,3%.
A contagem de sondas em operação no país caiu pela terceira semana consecutiva e agora soma 354 unidades. O número de sondas contratadas está em queda desde o fim de 2014, quando atingiu 1.609 unidades.
A paralisação das sondas tem provocado a redução da capacidade de produção nos EUA, que vem caindo nos últimos meses, acompanhando a queda do preço do petróleo. A saída dos desses produtores é parte da estratégia da Opep, comandada pela Arábia Saudita, que forçou a queda das cotações para retirar dos mercados as empresas com maiores custos, mantendo a participação de mercado dos países membros da organização.
A alta de hoje também é motivada pela indicação de que pode haver uma retomada na demanda dos EUA e da China. As refinarias norte-americanas aumentaram o processamento de petróleo nas últimas semanas. Com a queda na produção, a expectativa é que o país aumente suas importações, secando parte da sobreoferta do mercado.
Na semana passada, os estoques de petróleo do país registraram uma queda significativa de 4,9 milhões de barris, interrompendo as altas em sequência. Apesar da redução, o estoque dos EUA segue em recordes históricos para essa época do ano, com tancagem de 529,9 milhões de barris.
Já a China bateu recorde de importação de petróleo em fevereiro, aproximadamente 8 milhões de b/d, cerca de 25% maior do que em igual mês do ano passado.
No próximo final de semana, os países da Opep e exportadores não filiados à organização, como a Rússia, irão se reunir em Doha, Catar, para discutir um congelamento na produção.