Plantio de trigo avança no RS; Conab corta safra do Brasil e eleva importação

Publicado 10.07.2025, 19:13
Atualizado 10.07.2025, 19:15
© Reuters. Cultura de trigo antes da colheita, em Arapongasn06/07/2022nREUTERS/Rodolfo Buhrer

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - O plantio de trigo no Rio Grande do Sul, maior produtor brasileiro do cereal, avançou para 82% da área projetada, em linha com o ritmo da safra anterior, com o tempo seco após chuvas excessivas permitindo a retomada dos trabalhos, afirmou nesta quinta-feira a Emater.

A área semeada avançou 32 pontos percentuais em relação ao dado da semana passada, com o índice aproximando-se da média histórica para o período (86%), de acordo com o órgão ligado ao governo gaúcho.

"O predomínio de tempo seco e a melhoria das condições de solo para a trafegabilidade possibilitaram grande avanço no plantio", afirmou a Emater em boletim semanal.

"Dessa forma, foi possível recuperar parcialmente o atraso no cronograma de implantação das lavouras, ocasionado pelas recorrentes e elevadas precipitações pluviométricas, registradas durante o mês de junho."

Segundo a Emater, as plantações estão em desenvolvimento vegetativo, e as áreas afetadas por estresse hídrico "apresentam sinais de recuperação", assim como as geadas recentes não devem impactar a produção.

As chuvas e os preços pouco atraentes, contudo, levam a uma área plantada abaixo do potencial, devendo recuar 10% em 2025 ante 2024, segundo dados publicados anteriormente pela Emater.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou nesta quinta-feira a safra de trigo do Rio Grande do Sul em 3,8 milhões de toneladas, ou cerca de metade das 7,8 milhões de toneladas projetadas para a colheita do Brasil.

Até o mês passado, a Conab projetava a safra brasileira em 8,2 milhões de toneladas, prevendo que o Rio Grande do Sul colheria mais de 4 milhões de toneladas.

A estatal afirmou em relatório que a estimativa de área do Rio Grande do Sul foi mais uma vez reduzida devido ao cenário econômico adverso, "somado às repetidas frustrações de safras", o que impede muitos agricultores de adquirirem os insumos necessários, "levando-os a desistirem do cultivo do cereal".

Com a redução na estimativa brasileira, o Brasil deverá ter uma safra praticamente estável em relação a 2024, quando a área plantada foi maior, mas o país sofreu com adversidades climáticas.

Diante disso, a Conab aumentou a projeção de importação de trigo pelo Brasil este ano para 6,2 milhões de toneladas, ante 5,8 milhões na previsão de junho, contra 6,5 milhões em 2024.

Mais cedo, a Conab apontou que a safra de milho do Brasil terá um novo recorde na temporada 2024/25.

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