Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordinários
Descubra ações agora mesmo

Por que os alimentos continuarão caros em 2022?

Publicado 02.12.2021, 12:03
Atualizado 02.12.2021, 17:51
© Reuters.  Por que os alimentos continuarão caros em 2022?

Quem não dispensa um cafezinho sentiu que neste ano ficou mais caro apreciar a bebida. Tem gente dizendo que comer carne bovina vai se tornar um luxo dado o patamar que o produto alcançou. Em 2021, a carne de frango e suína já não foram mais aquela alternativa mais barata para substituir a carne bovina. Até o ovo, quase nunca lembrado, viu seu consumo crescer neste ano e, consequentemente, os preços subirem. Em suma, comer ficou mais caro e os alimentos pesaram na inflação.

E engana-se quem acha que a situação não poderia ficar pior. Para o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério da Economia, o cenário mais otimista para 2022 é de estabilização dos preços dos alimentos. Em muitos casos, a trajetória de alta se manterá no ano que vem. E uma coisa é certa, não haverá queda.

Veja o que esperar para os preços dos principais produtos agropecuários em 2022 e entenda os motivos que os farão se manter nos elevados patamares e por que muitos continuarão ficando mais e mais caros.

Soja - Estável

O Brasil deve colher uma safra recorde no ano que vem, acima de 142 milhões de toneladas. Desse total, praticamente 90 milhões serão destinadas para exportação. Nos Estados Unidos, a produção também será maior. Com os dois maiores produtores do mundo aumentando a oferta e a China se mantendo devidamente abastecida, a expectativa é que os preços parem de subir e o mundo volte a recompor seus estoques, consumidos ao longo dos últimos anos. Uma queda não é esperada porque houve um forte incremento nos preços dos insumos agrícolas como sementes, defensivos e fertilizantes.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Milho - Estável

Depois de uma quebra na safra de milho neste ano por conta da estiagem, tudo indica que o Brasil voltará a produzir bem. A estimativa da Conab é de uma colheita 34,1% maior, o equivalente a 116,7 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume não só repõe os estoques domésticos, como também pode recuperar seu protagonismo como um dos principais exportadores no mercado internacional. Contudo, a demanda chinesa deve se manter aquecida, deixando a oferta e a demanda equilibrados, sem grandes alterações nos estoques mundiais.

Trigo - Alta

A produção nacional deve crescer, segundo as primeiras estimativas. Contudo, o Brasil é um dos maiores importadores do mundo, ficando exposto tanto do ponto de vista dos preços internacionais quanto das oscilações do dólar. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que haverá um déficit de 1% entre a produção e o consumo deste ano, que será elevado para 1,6% no ano que vem, levando o mundo a consumir parte dos seus estoques do cereal.

Algodão - Alta

Os preços alcançados em 2021 devem levar os produtores a aumentar a área plantada e, consequentemente, a produção da pluma no ano que vem. Contudo, a indústria têxtil nacional tende a comprar apenas o necessário para recompor seus estoques, visto que o poder de compra dos brasileiros ainda está fragilizado. Esse cenário seria suficiente para manter os preços estáveis, mas fora do Brasil o contexto se mostra outro. Globalmente, há uma expectativa de aumento do consumo por conta da reabertura das economias. Se esse cenário se concretizar, será o segundo ano consecutivo em que o mundo terá um déficit entre a oferta e a demanda, o que tende a manter os preços em alta.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Café - Estável

Os preços do café subiram bastante em 2021 e tendem a continuar subindo nos próximos meses. A oferta mundial foi bastante influenciada pela quebra na produção do Brasil, maior produtor de café do mundo. Além do ciclo de baixa das lavouras brasileiras, os cafezais sofreram com muitos efeitos climáticos, como estiagem e geadas. O cenário de preços altos deve durar até que a colheita da próxima safra chegue ao mercado. A produção a partir de meados de 2022 tende a ser maior devido ao ciclo de alta da cultura e também por conta de um clima mais favorável ao desenvolvimento das lavouras até agora. Na balança, a perspectiva é que os preços parem de subir e fiquem mais estáveis.

Carne bovina - Estável

A produção de carne bovina não deve crescer em 2022. O aumento dos custos de produção não deve motivar os pecuaristas a investirem para elevar seus rebanhos. Esse cenário já se mostra uma realidade neste ano, uma vez que em setembro, o número de animais abatidos foi o menor dos últimos 17 anos. Por si só, esse fator seria um motivo para a alta dos preços, porém, a ponta da demanda está enfraquecida. O consumo doméstico está abalado por conta do baixo poder de compra dos brasileiros, seja pela inflação ou pelos elevados patamares onde os preços da carne já chegaram. Além disso, o Brasil segue sem poder exportar para a China, seu maior mercado, responsável por comprar metade de tudo o que é vendido ao exterior.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Carne suína - Estável

A recente queda dos preços internacionais da carne suína nos últimos meses deve diminuir o interesse dos produtores em elevar a oferta em 2022. O USDA projeta que a produção mundial deve encolher cerca de 2% no ano que vem, principalmente pela perda de interesse dos produtores chineses que, além dos maiores importadores do mundo, também são os maiores produtores. Na ponta da demanda, é esperado um crescimento de 2%, o que deve fazer com que os preços se mantenham nos atuais patamares. Vale lembrar que o atual nível de preço é cerca de 15% maior do que o praticado no mesmo período de 2020.

Carne de frango - Alta

Com os preços da carne bovina e suína ainda em patamares altos, a demanda por carne de frango deve se manter aquecida no ano que vem. O frango sempre foi o substituto natural da carne bovina e essa tendência não deve se alterar em 2022. Contudo, os custos de produção continuaram subindo e devem ser repassados aos consumidores. Diante desse quadro de demanda alta e custos elevados, os preços devem seguir ladeira acima.

Ovos - Estável

Quase sempre esquecidos, os ovos voltaram ao cardápio em 2021. Com todas as principais proteínas de origem animal em alta, muita gente optou pelos ovos como alternativa nas refeições. Essa demanda fez os preços subirem bastante neste ano, mas a expectativa é que eles se mantenham nos atuais patamares, uma vez que já existem sinais de estabilização do consumo.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Arroz - Alta

Com a demanda doméstica restrita e uma perspectiva de aumento da produção, o mercado externo segue como principal alvo. E com razão, já que a previsão é que a China permaneça ativa em suas compras, fazendo com que a demanda mundial aumente 2,1% no ano que vem. Diante desse quadro, a estimativa do USDA é que o mundo tenha um déficit entre a oferta e a demanda em 2022, sinalizando preços em elevação.

Lácteos - Queda

O aumento da oferta no mercado doméstico e a queda da demanda dos derivados lácteos deve fazer com que os preços do leite recuem moderadamente em 2022. Diante do quadro inflacionário de outros alimentos, os derivados lácteos acabam ficando em segundo plano na demanda dos consumidores. Apesar do aumento dos custos, não há sinais de problemas na produção, o que cria um quadro de oferta em alta e demanda em queda, resultando em preços em baixa para o ano que vem.

Ver mais em Bloomberg Línea Brasil

Últimos comentários

mais uma matéria sem-vergonha fabricada por jornalistas militantes... Sempre contra o Brasil...  Perderam completamente a credibilidade.....     kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.