Investing.com - Preços do ouro continuavam em baixa nesta quarta-feira, já que o dólar norte-americano estava ainda amplamente sustentado devido às especulações quanto ao próximo presidente do Federal Reserve, deixando de lado dados frustrantes sobre o setor imobiliário dos EUA.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro recuavam US$ 4,75, ou cerca de 0,37%, chegando a US$ 1.281,45 a onça troy por volta das 10h40, seu menor nível desde 9 de outubro.
O Departamento de Comércio divulgou nesta quarta-feira que o número de construção de novas casas e de licenças para construção teve redução maior do que se esperava em setembro, diminuindo o otimismo quanto à saúde do setor imobiliário do país.
No entanto, a moeda dos EUA permanecia sustentada na sequência de informações, divulgadas na segunda-feira, de que Donald Trump, presidente norte-americano, seria favorável a John Taylor, economista de Stanford, para substituir Janet Yellen, atual presidente do Fed, no ano que vem. Taylor é visto como mais agressivo que a atual presidente Yellen.
Espera-se que Trump se reúna com Yellen ainda nesta semana como parte de sua busca por um novo candidato ao cargo que ela ocupa.
Participantes do mercado também estão atentos a Jerome Powell, atual diretor do Fed, e Kevin Warsh, que já foi membro da instituição, como possíveis candidatos à sucessão de Yellen quando o seu mandato acabar em fevereiro.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais moedas, avançava 0,13% para 93,47, descolando-se de 93,64, máxima de uma semana e meia atingida mais cedo durante a sessão.
O ouro é sensível a movimentos tanto nas taxas de juros dos EUA quanto no dólar. Um dólar mais forte torna o ouro mais caro a detentores de moedas estrangeiras, ao passo que um aumento nas taxas de juros dos EUA aumenta o custo de oportunidade de se ter ativos de baixo rendimento como o ouro.
Ainda na divisão Comex, contratos futuros da prata recuavam 0,42% para US$ 16,97 por onça troy.
Enquanto isso, contratos futuros de cobre recuavam 0,11% para US$ 3,193 a libra. Preços do metal amarelo atingiram seu melhor nível desde agosto de 2014 no início da semana, impulsionados por dados econômicos robustos da China, o principal usuário do mundo do metal vermelho.
Investidores observavam o Congresso do Partido Comunista da China na busca de sinais quanto à direção futura da política monetária da segunda maior economia do mundo. Esta reunião política, que acontece uma vez a cada cinco anos, tem poderes de aprovar novas políticas e também de fazer a designação para determinados cargos dos indivíduos que serão os líderes da nação asiática durante os próximos cinco anos.